O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 9- itens 9 e 10
Muitas vezes, por causa do orgulho, acreditamos que somos muito mais do que realmente somos e, assim, quando ocorre alguma comparação negativa ou um comentário a nosso respeito que nos desagrade ou alguma contrariedade, nos entregamos a cólera, ou seja, a raiva ou ao ódio.
No estado de cólera, perdemos a paciência e a razão, nos transformamos em um ser bruto.
O orgulho ferido, por qualquer contrariedade, faz com que rejeitemos observações corretas e conselhos sérios.
A impaciência por causa de aborrecimentos, às vezes infantis, ocorre porque nos achamos muito importantes. Atribuímos um valor muito grande a nós mesmos e acreditamos que tudo deve ser feito de acordo com nossa vontade.
O colérico ataca tudo, inclusive a Deus. Várias vezes compromete a sua saúde, a sua lucidez, se torna ridículo para os outros, ou desperta medo, ou até mesmo pode se transformar em alguém a quem devemos ter pena.
A cólera não resolve nada e o colérico é a primeira vítima da situação, isto quando não prejudica o próximo, se comprometendo por um ato de fúria, arcando com consequências nesta encarnação ou por várias reencarnações futuras.
Todos devemos nos esforçar para combater a cólera, a raiva, o ódio, porque sabemos que isso é contrário à caridade e à humildade. Não adianta atribuir a culpa a Deus, a seres inanimados, a objetos, os atos que foram praticados em um momento de cólera, porque tudo é culpa daquele que se encoleriza, porque não teve o equilíbrio necessário para buscar a Deus, se ligando a Ele através de uma prece.
Todos os vícios e virtudes são atributos do espírito e não do corpo. Sendo assim, aquele que permanece no vício é porque assim deseja. Aquele que deseja mudar deve ser perseverante no bem, em seu aprimoramento moral.
Equipe Vida e Espiritismo
Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 3 ed. França.Esta é uma livre interpretação.