Como educar os filhos diante de tanta informação e diante de tantas “tentações”?
Cada vez mais, eles são estimulados precocemente a serem adultos, sem a devida base moral.
Grande parte dos pais alega estarem cansados e perdidos em relação à educação dos filhos!
Estes pais acreditam que a educação — a que nos referimos é a educação moral — é obrigação da escola, já que passam a maior parte do dia trabalhando fora e assim, justificam a falta de tempo para os filhos!
É interessante observar a sociedade de hoje! Há tempo para a academia, há tempo para o happy hour com os amigos, há tempo para a diversão, redes sociais, home office, entretanto, quando se trata dos filhos, não há tempo disponível para ele e assim, ao modo de ver dos “pais modernos” a educação dos filhos precisa ser terceirizada!
Sabemos de tudo isso. Sabemos a causa dos problemas e a psicologia moderna explica tudo detalhadamente. Mas será que conseguimos visualizar o efeito de tudo isto? E o que pode acarretar às futuras gerações?
Continuemos nosso raciocínio: cada vez mais, crianças e jovens são expostas ao que chamamos de “desinformação”. Para ilustrar o que dissemos, vejamos o que muitos comerciais, novelas, internet, exibem de conteúdo. Numa visão míope e errônea, eles vendem que a felicidade está nos bens materiais que se possa vir a possuir, que ganhar vantagem prejudicando o próximo parece uma virtude! Sem contar que fazem apologia a sensualidade, a indiferença, a violência, entre outros maus hábitos.
Como dissemos há pouco, eles — os filhos, as crianças — são estimulados cada vez mais precocemente a serem adultos. Órfãos de pais vivos, diante de um verdadeiro bombardeio de informações sem critério algum, sem base moral Cristã, não sabem e não saberão separar o joio do trigo.
Mas como pedir que os pais apresentem a seus filhos algo que muitas vezes eles também não tiveram?
Perguntas simples, mas complicadas de serem respondidas na prática.
Diante do exposto, como prever o que será das futuras gerações? Vale, aqui, lembrar que as futuras gerações seremos nós mesmos!
Reencarnaremos como filhos daqueles que hoje são crianças e, seguindo esta linha de raciocínio, que bases morais Cristãs teremos futuramente?
É possível que reencarnemos em famílias onde provavelmente prevalecerá a “lei do mais forte”, sem qualquer respeito ou empatia, visto que a base moral a que nos referimos não foi aprendida!
Assim, em um cenário apocalíptico, corremos o risco de dizimar a raça humana, já que os pais não terão interesse em seus filhos e estes serão vistos como empecilhos ou serão simplesmente desprezados e, desta forma, entregues à própria sorte!
Por isto, nós Espíritas, que temos obrigações com a Doutrina de Jesus, precisamos dar a devida atenção a um problema recorrente em grande parte das famílias e que só tende, infelizmente, a crescer! Para termos um panorama atual, basta observarmos o avanço da violência em todo mundo e o risco constante das guerras. Sabemos que grande parte deste problema foi falha, em algum momento, das gerações antecessoras que, cada vez menos, se importaram com a educação moral e com a educação do sentimento de seus filhos.
Cabe à Doutrina Espírita — quando dizemos doutrina, reforçamos, referimo-nos a nós, Espíritas — colaborar ativamente para a reestruturação da família. O Centro Espírita deve, acima de tudo, trazer o tema à luz da moral Cristã, esclarecendo e orientando as famílias através dos estudos dos diversos temas que envolvem o assunto e que, a nosso ver, o mais importante para conseguirmos nos elevar na escala dos mundos e resgatar o que nosso Senhor Jesus Cristo nos exemplificou.
Equipe Vida e Espiritismo
Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, edição 3 em francês.Esta é uma livre interpretação.