Muitos afirmam que a família, o casamento, são instituições falidas, mas se enganam!
É bem verdade que a preocupação, hoje, de grande parte das famílias parece ser apenas o seu bem estar material e visual, onde o mais importante é ter e mostrar: o melhor carro, a melhor casa, o melhor celular, as melhores roupas etc. Uma vida de aparências!
Claro, não estamos proibidos de progredir materialmente, entretanto, a obtenção destes bens não pode ser apenas para satisfazer um desejo quase sempre sem propósito! E, nem, falamos de algumas formas como são obtidos (corrompendo-se e corrompendo).
Junta-se a isso, os prazeres carnais de comer inadequadamente, beber desenfreadamente, o sexo desequilibrado, ou seja, sem qualquer tipo de disciplina.
Atualmente, algumas esposas não mais valorizam aqueles maridos que defendem o lar e atendem suas necessidades básicas (amorosas e materiais). O desequilíbrio dentro do lar se instala e, somados a indiferença do marido, o excesso ou a monotonia de trabalho, elas buscam prazeres fora do casamento com novos parceiros, bem como, outros prazeres que podem levar ao uso de álcool e drogas, entre outros desregramentos.
O marido segue esta mesma linha da esposa e, como forma de justificarem suas ausências no lar, preenchem a vida dos filhos com presentes desnecessários.
Por sua vez, os filhos, além de receberem o que menos precisam (bens materiais em excesso), não recebem o principal, que é o amor e a educação moral (os princípios éticos cristãos e de respeito ao próximo)!
São por estes motivos que, há um bom tempo, vemos o surgimento de um novo tipo de família, aquela baseada em interesses e indiferentes uns aos outros!
A falta de amor leva a tudo isso que citamos!
A constituição e a manutenção da família têm que ser baseada no amor e não em interesses egoístas.
O diálogo, a comunicação afetiva (componentes principais de qualquer relação, de pais para filhos, de marido para esposa e vice-versa) são substituídos pelas redes sociais onde, tanto pais como filhos, parecem assumir o papel de avatares na vida cibernética, transportando tal comportamento, inclusive, para a vida real.
Neste sentido, cabe ao Espiritismo levar aos seres humanos os princípios de educação dos sentimentos, ensinando e mostrando que o lar é local sagrado e adequado para a regeneração destes sentimentos, de conceitos e de responsabilidades esquecidos e abandonados, sobre o papel de cada um diante daquela sociedade que, aqui, chamamos Família.
A Família é a única instituição capaz de modificar toda a esfera terrestre, ensinando a seus “filhos” a disciplina, a ordem, os limites e, acima de tudo, o respeito mútuo!
Portanto, falível é o ser humano! A Família, onde há lealdade, diálogo, respeito recíproco, paciência, tolerância, renúncia e entendimento, não tem como falir. A Família é uma das poucas formas de se resgatar tudo aquilo que, hoje, parece perdido.
Por fim, marido e esposa têm a magnífica responsabilidade de amarem-se e de amar a seus filhos, cuidando uns dos outros, primando pelo ensinamento do Mestre Jesus:
“Não faça aos outros o que você não gostaria que fosse feito a você, pelo contrário, faça a eles todo o bem que está a seu alcance fazê-los.”
Equipe Vida e Espiritismo
Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, edição 3 em francês.Esta é uma livre interpretação.