O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 2 - itens 1 a 3
Em uma passagem do Evangelho de João:
“Pilatos, entrando no palácio, chamou Jesus e lhe perguntou:
— És o rei dos judeus?
Jesus respondeu:
— O meu reino não é deste mundo.
E perguntou Pilatos:
— Então, és rei?
Jesus respondeu:
— Tu dizes que eu sou rei. Eu sou rei. Eu nasci e vim a este mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Quem pertence a verdade ouve a minha voz.”
Nessa passagem, Jesus mostra que a vida futura deve ser nossa maior preocupação. A vida futura deve ser a meta de toda a Humanidade. Essa meta consiste no aperfeiçoamento moral e intelectual, progressivamente.
A vida futura é o ponto fundamental da Doutrina de Jesus, que se alcança com a prática do amor. Amar a Deus sob todas as coisas, amar o próximo como a si mesmo, amar os seus inimigos, perdoar, resgatar suas dívidas, enfim, todos os ensinamentos de Jesus voltam-se para a vida futura.
O homem sempre sofre as consequências de seus maus atos, mas Deus, em sua infinita misericórdia, sempre permite que o homem resgate as suas dívidas e assim trabalhe para a sua vida futura.
O sentimento por uma existência melhor reside no foro íntimo de todos os homens.
No Espiritismo a descrição da vida futura é detalhada, bem como, nele é mostrado que a individualidade de cada um se conserva, mesmo após a morte. As testemunhas sobre isso são os Espíritos que descrevem suas condições, felizes ou infelizes, no mundo espiritual.
No mundo espiritual o espírito compreende a necessidade de sua purificação para continuar rumo ao infinito e perceber que a cada existência elimina algumas de suas impurezas.
Cada ato terá consequência na vida futura e Deus não quer que apenas alguns gozem de benefícios sem terem trabalhado para isso, enquanto outros precisam empregar tamanho esforço e perseverança para alcançar algo.
O Universo é regido por leis em que a sabedoria e bondade de Deus se revelam.
Portanto, a felicidade a que cada um desfruta corresponde à soma do bem que se tenha praticado. O estado de infelicidade é proporcional ao mal que haja praticado e daqueles a quem tenha prejudicado.
A vida futura justifica as anomalias da vida terrena e as harmoniza com a justiça de Deus.
Equipe Vida e Espiritismo
Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 3 ed. França.KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Questões 306, 959, 962, 988 e 1003.Esta é uma livre interpretação.