O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 12 - item 9

O artigo de hoje abrange uma livre interpretação do texto de Júlio Olivier, de 1862, contido em O Evangelho Segundo o Espiritismo.

A vingança é um dos vestígios dos hábitos selvagens e se constitui em um estado de atraso dos seres humanos e espíritos que ainda se inspiram nela.

Vingar-se é um ato contrário aos ensinamentos que Jesus trouxe e, tão culpado quanto aquele que decide enfrentar a quem tem como inimigo e insultá-lo, é aquele que decide se vingar.

Quando Jesus disse: “Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos Céus” (Mateus 5:44), ele nos remetia a um lembrete do que realmente importa: perdoar, pois como esperar que Deus nos perdoe pelo nossos erros se não perdoamos a nossos irmãos? Aquele que pede perdão só o obtém perdoando. Jesus bem nos relembra disso quando disse: “quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial perdoe os seus pecados.” (Marcos 11:25)  

A questão 887 de O Livro dos Espíritos nos esclarece que amar os inimigos é perdoá-los e retribuir o mal com o bem, pois aquele que assim procede se torna superior aos inimigos; ao passo que aquele que procura por vingança, se coloca abaixo deles.

Jesus disse: “Não retribuam mal com mal, nem insulto com insulto; ao contrário, bendigam; pois para isso vocês foram chamados, para receberem bênção por herança.” (1 Pedro 3:9), pois há mais grandeza e verdadeira honra em perdoar, mesmo que você esteja com a razão e, qualquer que seja o caso, em desprezar os insultos, como nos prescreve a questão 759 de O Livro dos Espíritos.

Perdoar é se libertar daquele que nos fez mal, é um ato de amor e, aquele que se nega a perdoar, não somente não é espírita, como também não é cristão.

Perdoar é um ato de caridade, e fora caridade não há salvação.

Equipe Vida e Espiritismo

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