O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 5 - Itens de 6 a 10
“Eu sofro injustamente!”
“Não sei por que sofro?”
“Eu vivo aflito!”
Exclamações e questionamentos comuns, observados em quaisquer classes sociais.
Para aquele que não tem crença na reencarnação não há razão para discutir o assunto.
No entanto, aquele que é espírita sabe que as aflições e sofrimentos, se não têm origem na vida atual, podem ter a origem em uma vida anterior. Dizemos “podem”, porque, muitas vezes, passamos por alguns deles de forma voluntária, ou seja, aflições e sofrimentos que não temos necessidade de expiar ou provar, mas que são reflexos de atos que vão contra a Lei de Deus, cometidos de forma impensada.
O Evangelho segundo o Espiritismo diz que “Há aflições cuja causa primária é o próprio homem e há outras que o atingem como uma fatalidade”. Separados em duas sessões, o trecho acima extraído do Evangelho, esclarece que algumas das aflições pelas quais passamos, nós mesmos somos a causa. Na outra sessão, o Evangelho diz que “há outras que o atingem como uma fatalidade”. Como dissemos, se não é possível encontrar a causa destas fatalidades na vida atual, certamente, ela estará um uma vida anterior a esta.
Todo efeito tem uma causa.
Deus é soberanamente justo e bom.
Portanto, todo sofrimento que, à primeira vista, parece não merecido, tem sua razão de ser.
Não devemos esquecer que a Terra é um mundo de expiação de provas, onde o mal predomina, onde o homem é mantido porque tem, ainda, imperfeições a serem corrigidas. O homem sofre, porque fez outros sofrerem.
As tribulações da vida são, muitas vezes, impostas àqueles que ainda estão no mal ou que são ignorantes, cuja finalidade é, através do sofrimento, modificarem-se moralmente para o bem. Sendo assim, os sofrimentos são oportunidades para reparar os erros do passado e podem, ao mesmo tempo, servirem de prova para o futuro.
As provações da vida, quando bem suportadas, são oportunidades de avançar na escala espiritual. Por outro lado, se só há queixas e revolta contra Deus, será necessário passar novamente pelas mesmas provações, mas em outras condições (talvez piores que a atual) até que o espírito compreenda e se corrija, e, assim, avançar no bem.
Esta é a lógica da Justiça Divina.
Sejamos gratos a Deus, nosso Pai, que nos concede a cada momento a oportunidade de sempre repararmos os erros, pois, ao contrário do que muitos pensam, não estamos condenados ao sofrimento eterno.
Equipe Vida e Espiritismo
Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 3 ed. França.Esta é uma livre interpretação.