O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 19 - itens 6 e 7
A fé pode ser cega ou raciocinada.
A fé cega aceita qualquer coisa, sem examinar nada; aceita tanto o que é falso (inclusive, as ideias mais absurdas), como o que é verdadeiro. A todo instante a fé cega se choca contra as evidências, contra a razão e, se levada ao extremo ou exagero, pode produzir o fanatismo.
Por outro lado, a fé raciocinada observa, compreende os fatos, analisa, tornando-se sólida, pois tem como base a verdade, a razão “o que é verdadeiro nas sombras também é verdadeiro em plena luz do dia.” (O Evangelho segundo o Espiritismo)
A fé não pode ser estabelecida, receitada e, principalmente, imposta à alguém, mas pode ser conquistada, alcançada. Para isso, é necessário buscá-la com sinceridade e disposição, sentindo em si mesmo que a vida não pode ser reduzida aos poucos anos de uma única vida, onde tanto faz fazer o bem ou o mal.
Nesse sentido, o Espiritismo veio para nos auxiliar na compreensão da reencarnação e sobre o progresso moral, baseando-se em princípios estabelecidos em fatos naturais e, assim, conduzindo-nos à obtenção da fé raciocinada, pois essa fé será fruto da compreensão desses fatos.
Como consequência da fé raciocinada, passamos a compreender melhor as Leis de Deus, crendo em Sua justiça, em Sua sabedoria. Assim, passamos também a nos melhorar diariamente seguindo o caminho da perfeição.
Por isso, é preciso reformar-se moralmente, sem orgulho, transformando maus hábitos em virtudes, utilizando o livre-arbítrio na prática do bem, esforçando-se ao máximo para o bem.
Fé significa confiança e, se confiamos em Jesus, devemos servi-lo. Por consequência, estaremos também servindo a Deus e ao próximo. Portanto, uma fé inabalável, baseada na fé raciocinada.
Equipe Vida e Espiritismo
Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 3 ed. França.Esta é uma livre interpretação.