O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo  8 - Itens 1 a 4

Ainda no mundo espiritual, quando o Espírito se aproxima da reencarnação, ele vai perdendo gradualmente a consciência de si mesmo; fica, durante um certo período, em uma espécie de sono e todos os seus atributos permanecem adormecidos. Este estado transitório é necessário para dar ao Espírito um novo ponto de partida na sua nova existência terrena e fazê-lo esquecer daquilo que poderia prejudicá-lo.

É assim que, a partir de seu nascimento, ou seja, a partir do momento que o espírito reencarna, suas ideias vão gradualmente tomando impulso.

Durante a infância, seus instintos se encontram ainda adormecidos e é neste período que o Espírito da criança fica mais maleável, tornando mais fácil a tarefa dos pais de ajudá-lo a progredir.

Daí a necessidade dos pais observarem as imperfeições de seus filhos desde a infância para ajudá-los a se melhorarem moral e intelectualmente, visando o progresso da criança no bem. 

Quando Jesus disse “Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, pois o Reino dos Céus é para aqueles que à elas se assemelham.” Jesus compara a inocência da criança, sem nenhuma maldade, aos que são puros de coração. E aqueles que têm o coração puro, são simples e humildes.

Se considerarmos que o espírito da criança pode ser velho e trazer consigo as imperfeições de vidas passadas, apenas um espírito perfeito poderia ser considerado puro, mas do ponto de vista da vida presente, a criança ainda não tendo mostrado nenhuma tendência perversa, apresenta imagem de inocência e sinceridade. É por essa razão que Jesus diz que o Reino de Deus não é para elas, mas sim para aqueles que são como elas, ou seja, para aqueles que são simples e puros. 

A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade e elimina todos os pensamentos de egoísmo e orgulho; e é por isso que Jesus toma a infância como símbolo de pureza.

Equipe Vida e Espiritismo

Artigos