O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 26 - itens 1 e 2

Disse Jesus: “Restaure a saúde dos enfermos, ressuscite aos mortos, cure os leprosos, expulse demônios. Dai de graça o que de graça recebeste.”.

Infelizmente, vemos muitos cobrarem pela prometida restauração da saúde dos que estão doentes.

Não estamos falando aqui dos profissionais da saúde, mas daqueles que receberam gratuitamente um dom especial de Deus para ajudar no restabelecimento da saúde dos enfermos.

Infelizmente, muitos creem-se investidos de um poder proveniente de si mesmos e, assim, creem também que podem cobrar pelo bem que realizam.

Aqueles que possuem esse dom, são denominados pela Doutrina Espírita como médiuns curadores.

Segundo O Livro dos Médiuns, questão 175, os médiuns curadores são aqueles que têm a capacidade de “curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação”. Nos “médiuns curadores a faculdade é espontânea”.

Essa ação curadora depende da intervenção dos Espíritos que, associando os fluidos dos médiuns e, também, aos seus, produzem as curas, seguindo a vontade de Deus e a Lei de causa e efeito.

Isso nos leva a afirmar que Jesus, ao pronunciar a frase “Dai de graça o que de graça recebeste”, transcrita acima, se referia a estes tipos de médiuns, portanto, sem o direito de nada cobrar pelo que dom que receberam gratuitamente de Deus e do qual estão investidos.

De fato, analisado de perto, veremos que aqueles que possuem este dom, receberam sim uma grande oportunidade, um dever, e não um direito.

Na passagem do Evangelho de Mateus, Jesus também orienta Seus discípulos para que não cobrem por aquilo que receberam gratuitamente de Deus. A oportunidade consiste no alívio das dores dos semelhantes, em ajudar na propagação de Seu Evangelho e também da fé. E enfatiza, ainda, que os discípulos não devem fazer destes dons um meio para ganhar a vida, ou seja, não devem transformar esses dons em comércio.

Equipe Vida e Espiritismo

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