O Livro dos Espíritos | Livro 2  “Mundo espírita ou dos espíritos” | Capítulo 1 “Os Espíritos”
Forma e onipresença dos Espíritos, questões 88 a 92

O artigo de hoje abrange as questões 88 a 92, contidas em O Livro dos Espíritos, sobre a forma e a onipresença dos Espíritos.

Os Espíritos têm forma determinada, limitada e constante perante os próprios Espíritos, algo parecido como uma chama, um brilho ou uma faísca. Para o homem, essa faísca varia do escuro ao vermelho-rubi, dependendo se o Espírito é mais ou menos puro. De acordo com Kardec, os Espíritos gênios são geralmente representados como uma chama ou uma estrela na testa. É uma alegoria que lembra a natureza essencial dos Espíritos. Esse símbolo é colocado no topo da cabeça porque ali está a sede de sua inteligência. 

Quanto à matéria, essa não representa um obstáculo para os Espíritos, pois eles permeiam tudo: o ar, a terra, as águas, até o fogo são igualmente acessíveis a eles.

Os Espíritos atravessam o espaço de modo rápido como o pensamento. Aliás, quando o pensamento está em algum lugar, a alma também está, pois é a alma que pensa. 

O Espírito que se transporta de um lugar para outro tem consciência da distância que percorre e dos espaços que atravessa, assim como também pode acontecer de ele se transportar subitamente para onde quer ir. Isso tudo depende de sua vontade e também de sua natureza, mais ou menos purificada.

O mesmo Espírito não pode ser dividido ou existir em vários pontos ao mesmo tempo, mas cada um é um centro que irradia em direções diferentes, e é por isso que parece estar em vários lugares ao mesmo tempo. Por exemplo, vê-se o sol, ele é apenas um, mas ele não se divide e ainda assim irradia ao redor e leva seus raios para muito longe.

Porém nem todos os espíritos irradiam com a mesma força, pois isto depende do grau de sua pureza. Segundo Kardec, cada espírito é uma unidade indivisível, mas cada um deles pode estender seu pensamento em várias direções sem se dividir. É somente neste sentido que deve-se compreender o dom da onipresença atribuída aos Espíritos. Como uma faísca que projeta sua claridade para longe e pode ser vista de todos os pontos do horizonte.

Equipe Vida e Espiritismo

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