O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 22 - Itens 1 a 4 

“Não há nada imutável exceto o que vem de Deus; tudo o que é obra dos homens está sujeito a mudanças.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo)

“Portanto, o que Deus juntou não o separe o homem.” (Mateus 19:6)

As Leis de Deus são imutáveis. As leis dos homens, as leis civis, que são leis materiais, estão em constante mudanças e evoluem conforme a Humanidade progride. Entretanto, é preciso também observar que as leis civis regulam as uniões entre casais e servem para ajustar as relações sociais e, no caso de casamentos e uniões, regular os interesses das famílias.  

O casamento é uma determinação divina, ou seja, estabelecido de modo preciso por Deus. É através da união física entre os seres que eles se reproduzem, permitindo assim que os espíritos, que se encontram no mundo espiritual, reencarnem e, assim, se aperfeiçoem e evoluam progressivamente. 

Do ponto de vista terreno, as leis que estabelecem as regras da união entre dois seres provêm das leis dos homens e, em cada país, essas leis podem ser diferentes. Porém, há uma outra lei, que é divina, e que está absolutamente acima das leis dos homens: a Lei do Amor, que é exclusivamente moral. Deduz-se, assim, que essa lei regula a união dos seres unicamente pelo amor. 

Comumente, dois seres humanos se aproximam por uma atração física. Entretanto, Deus quer que esses seres se unam pelos laços da alma. São laços que ultrapassam o físico, pois são laços espirituais (que podem, inclusive, terem sido estabelecidos em outras reencarnações) e mentais, e que são facilmente notados, uma vez que, entre esses casais, observa-se a afeição, o respeito, a ajuda mútua diante das tarefas e dificuldades, a participação igualitária de ambos na educação moral de seus filhos. 

Infelizmente, uma grande parte da população humana, não observa que a Lei do Amor é a lei que deveria ser a base de seus relacionamentos, suas uniões, seus casamentos. Colocam, acima desta lei, seus interesses particulares e egoístas, tais como, a vaidade, a cobiça e até mesmo o orgulho. 

Comumente, um casamento ou união, nessas condições resultam na separação entre ambos. E, o que é pior, observa-se que o cuidado, a educação moral, a felicidade dos filhos, não tem a menor importância para eles. Ora, se colocaram filhos no mundo, não importa o motivo pelo qual se separaram, ambos têm o dever de continuar a cuidar dos filhos, independentemente de suas diferenças ou vontade. Vale ressaltar que a responsabilidade é dos pais e não de terceiros.

Apenas para esclarecimento, o termo “indissolubilidade” significa "qualidade do que é indissolúvel", ou seja, o que não pode ser separado, desunido.

Quando Jesus disse “o que Deus juntou não o separe o homem”, Jesus quis dizer que devemos observar sempre, primeiro, as Leis imutáveis de Deus pois, dessa forma, estaremos igualmente respeitando e pensando no próximo.

Equipe Vida e Espiritismo

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