O Livro dos Espíritos | Livro 2  “Mundo espírita ou dos Espíritos” | Capítulo 9 “Intervenção dos Espíritos no mundo corporal”
Anjos da guarda, espíritos protetores, familiares ou simpáticos, questão 511 a 521 

Neste artigo vamos abordar as questões 511 a 521 de “O Livro dos Espíritos”. Estas questões falam sobre anjos da guarda, espíritos protetores, espíritos familiares e espíritos simpáticos.

Cada pessoa sempre tem espíritos, mais ou menos elevados, que se simpatizam, se afeiçoam e se interessam por ela. Esses espíritos simpáticos podem ser bons ou maus, dependendo do que a pessoa atrai. Na maioria das vezes, esses espíritos são atraídos apenas pela semelhança de pensamentos e sentimentos, tanto para o bem, quanto para o mal. Os espíritos malignos procuram desviar o homem do bom caminho quando encontram a ocasião. Há uma luta entre bons e maus; vence aquele que o homem permite dominar-se.

Mas existem outros tipos de espíritos que acompanham as pessoas, além dos simpáticos.

Mas quem são eles? O que eles fazem?

Segundo Kardec, “O espírito protetor ou anjo da guarda é aquele que tem como missão acompanhar a vida de um homem e ajudá-lo a progredir. O espírito protetor é sempre superior em relação ao seu protegido.

Os espíritos familiares se ligam a certas pessoas por laços mais ou menos duradouros, com o propósito de serem úteis; são espíritos bons, mas, às vezes, pouco evoluídos; ocupam-se voluntariamente com os detalhes da vida íntima e agem apenas por ordem ou permissão dos espíritos protetores. 

Os espíritos simpáticos são atraídos por afeições especiais e certa semelhança de gostos e sentimentos, bons ou ruins. A duração de seu relacionamento quase sempre depende das circunstâncias.

Espírito mau é um espírito imperfeito ou perverso que se liga ao homem para desviá-lo do bem; age por iniciativa própria e não para desempenhar uma missão. A sua insistência deve-se ao acesso mais ou menos fácil que encontra. O homem é sempre livre para ouvi-lo ou rejeitá-lo.”

Esses espíritos maus usam outros espíritos maus para dominar quem desejam. Deus permite que isso ocorra para que lhes sirvam como um teste. 

Um espírito bom ou mau, que acompanha uma pessoa, pode encarnar para acompanhar a vida desta pessoa mais de perto. Porém, o mais frequente é encarregar dessa missão outros espíritos que já estão encarnados e que lhes são simpáticos.

Há sociedades, cidades e povos que são auxiliados por espíritos mais ou menos evoluídos, conforme a índole e os vícios dominantes. Os espíritos imperfeitos se afastam daqueles que os rejeitam. O aperfeiçoamento moral dos indivíduos e das coletividades tende a afastar os maus espíritos e a atrair os bons. Os bons incentivam e ajudam a manter o sentimento do bem. Os maus, insinuam e estimulam os vícios.

Um agrupamento de indivíduos, tais como sociedades, cidades e até nações, têm espíritos protetores especiais, porque esses agrupamentos seguem rumo a um objetivo comum e precisam de uma direção superior. Alguns espíritos ajudam o progresso das artes, protegendo aqueles que se dedicam a isso.

Segundo Kardec, “Os antepassados fizeram desses espíritos divindades especiais. As musas eram a representação dos espíritos protetores das ciências e das artes. Outros deuses representavam os espíritos protetores da família. As artes, as diversas indústrias, as cidades, os países, também têm seus patronos que são os espíritos protetores, com outros nomes.

Os agrupamentos, como os indivíduos, são mais ou menos envolvidos, assistidos e influenciados de acordo com a natureza de seus pensamentos.

Entre os povos, o que atrai os espíritos são, os costumes, os hábitos, o caráter dominante e, acima de tudo, as leis, refletindo a índole da nação. Os homens que fazem a justiça reinar, combatem a influência dos espíritos malignos. Onde as leis consagram as coisas injustas, os bons espíritos são minoria, e os maus, mantém a nação sob suas ideias, paralisando as boas influências. Estudando os costumes dos povos ou de qualquer agrupamento de homens, facilmente se tem uma ideia da população oculta que interfere em seus pensamentos e em suas ações”.

Portanto, procuremos sempre nos manter ligados no bem, com bons pensamentos, bons hábitos e ações, nos cercando de boas pessoas para que somente bons espíritos estejam ao nosso lado nos intuindo em todo e qualquer momento. 

Equipe Vida e Espiritismo

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