O Livro dos Espíritos | Livro 4 “Esperanças e consolações” | Capítulo 2 “Punições e prazeres futuros”
Paraíso, inferno e purgatório, questões 1012 a 1014 

Neste artigo vamos abordar as questões 1012 a 1014 de “O Livro dos Espíritos”. Estas questões falam sobre penas futuras.

As penas e as alegrias ocorrem de acordo com o grau de perfeição dos Espíritos. Cada um possui em si o princípio de sua felicidade ou infelicidade. Os Espíritos estão em toda parte e não em um lugar determinado ou fechado. Quanto aos encarnados, são proporcionalmente felizes ou infelizes, conforme o mundo que habitam.

O inferno e o paraíso não existem como os homens os imaginam, são apenas representações. Os Espíritos felizes e infelizes estão por toda parte. Entretanto, os espíritos de uma mesma classe se atraem por simpatia e afinidade. Porém, quando evoluem e atingem a perfeição podem reunir-se onde quiserem. 

De “purgatório” deve-se entender dor física e moral, tempo de expiação. Quase sempre, os homens fazem seu purgatório na Terra que é onde Deus os faz expiar suas faltas.

Mas como explicar que certos espíritos, quando questionados sobre sua situação, responderam que sofriam as torturas do inferno e do purgatório?

Quando se trata de espíritos inferiores e que ainda não estão completamente desmaterializados, eles conservam parte de suas experiências terrenas e as interpretam com termos que lhes são familiares. Eles se encontram em um ambiente que não lhes permite compreender parcialmente o futuro. Esse é o motivo pelo qual muitos espíritos desencarnados ou que desencarnaram recentemente falam como se estivessem encarnados.

O Inferno pode ser traduzido como uma vida de provações, extremamente difíceis, e a incerteza de uma vida melhor.

O Purgatório, pode ser interpretado também como uma vida de provações, mas com a consciência de um futuro melhor.

São apenas palavras figurativas.

Segundo Kardec, a localização absoluta das regiões onde ocorrem as penas e as recompensas só existem na imaginação do homem. Isso vem de sua tendência a materializar e limitar as coisas a um local, pois não compreende a essência infinita. O que o homem chama de purgatório é algo representativo, e deve ser entendido não como um lugar determinado, mas como o estado dos espíritos imperfeitos e em expiação, até a purificação completa, elevando-os à categoria de Espíritos felizes. A purificação ocorre por meio das diversas encarnações; o purgatório consiste nas provas da vida corporal. 

Equipe Vida e Espiritismo

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