O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 26 - itens 7 a 10
Os médiuns recebem o dom da mediunidade gratuitamente de Deus. Esse dom é para que os médiuns sirvam de intérpretes dos Espíritos nas comunicações.
A mediunidade não é um privilégio e está em toda parte.
Deus quer que Sua luz alcance a todos e que os mais pobres não sejam privados dela, porque não poderiam pagar por consolo. Portanto, por parte dos médiuns, cobrar por um dom que receberam gratuitamente é desviar a mediunidade de seu objetivo divino.
Quando a mediunidade é desviada deste objetivo divino, os Espíritos Superiores, que se propõem a levar seus ensinamentos a aqueles que têm o real desejo de se instruir, se afastam desses médiuns. Isto ocorre, porque esses médiuns estão preocupados apenas em satisfazer seu orgulho e egoísmo.
Os Bons Espíritos sentem repulsa e se afastam ao menor sinal de orgulho e de egoísmo do médium. Eles não estão à disposição daqueles que os chamam e para que deem comunicação a qualquer momento, bem como, não se prestam a serem evocados à custa de dinheiro.
Sem dúvida que existem manifestações espirituais desta maneira, mas qual a classe de espíritos que se prestam a comunicações deste tipo?
Espíritos mentirosos, inescrupulosos e espíritos inferiores em geral, estão sempre prontos a responder o que lhes perguntam, sem se preocupar com a verdade.
Assim, quem desejar comunicações sérias deve solicitá-las de modo igualmente sério. Depois, deve procurar saber a seriedade do médium com o mundo espiritual. Porém, a condição primeira para pedir a benevolência dos bons Espíritos é a humildade, a devoção ao próximo e o desinteresse material.
A mediunidade não é uma profissão. Como é um dom concedido por Deus, a mediunidade é uma faculdade essencialmente móvel. Portanto, explorar esse dom é dispor de algo do qual não se tem domínio; afirmar o contrário, é enganar aos outros.
Para o Espírita a mediunidade é algo sagrado e deve ser praticada de modo igualmente sagrado. Se há uma mediunidade que requer essa condição de forma absoluta, é a mediunidade de cura.
O médium de cura transmite os fluídos benéficos dos bons Espíritos e, por isso, não tem o direito de vendê-los.
Jesus e Seus Apóstolos, que também eram médiuns, embora pobres, não cobravam pelas curas que realizavam.
Aquele que não tem com o que viver, busque recursos de outra forma, mas não na mediunidade.
Lembrando que os bons Espíritos levam em conta a dedicação e os sacrifícios do médium.
Equipe Vida e Espiritismo
Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 3 ed. França.Esta é uma livre interpretação.