O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 21 - item 4
O dom de revelar o futuro é frequentemente atribuído aos profetas, de modo que as palavras profecia e predição se tornaram sinônimos.
Certas ocasiões, alguns profetas previram o futuro, seja por intuição ou revelação providencial, alertando aos homens sobre o que iria acontecer. Como estas previsões ocorreram, o dom de prever o futuro era considerado um atributo de profeta.
Um dos significados da palavra profeta é a de que ele é um enviado de Deus com a missão de instruir os homens e revelar os mistérios e coisas ocultas da vida espiritual. Um homem pode, portanto, ser um profeta mas sem fazer previsões.
O Livro dos Espíritos nos recorda sobre o caráter do verdadeiro profeta na questão 624, esclarecendo-nos que este é um homem de bem, inspirado por Deus, sendo reconhecido por suas palavras, por seus atos, pois é impossível que Deus tenha ajuda de um mentiroso para ensinar a verdade.
Jesus nos alertou dizendo: “Não acreditem em todos os espíritos, mas examinem se os espíritos são de Deus, pois muitos falsos profetas estão pelo mundo.”
Esta passagem está no Evangelho de João.
Há quem busque explorar fenômenos em proveito próprio, se passando como um enviado de Deus perante os homens, mas estes logo são desmascarados, pois a verdadeira missão é provada por efeitos morais.
Assim é que um profeta não é aquele que advinha o futuro, mas aquele que, através dele, Deus fala e age.
Há quem questione, como reconhecer um verdadeiro profeta. É sobre isso que a questão 625 de O Livro dos Espíritos esclarece: o modelo e guia mais perfeito que Deus oferece ao homem é Jesus.
Jesus é o modelo de perfeição moral que a Humanidade deve aspirar na Terra. A Doutrina que Ele ensinou é a expressão mais pura da Lei de Deus. Mas há aquele que, dominado pelos sentimentos terrenos, pretendendo instruir o homem sobre as Leis de Deus a seu modo, o tem extraviado, ensinando falsos princípios. Muitos apresentam as leis estabelecidas pelos próprios homens como leis divinas para servirem aos seus interesses, aos seus vícios e, assim, dominarem outros homens.
Busquemos a inspiração em Jesus em tudo o que fizermos. Recordemo-nos de Suas palavras para discernirmos entre bons e maus espíritos, sejam eles encarnados ou desencarnados: “Reconhecemos a qualidade da árvore pelos seus frutos, pois uma árvore boa não pode produzir um fruto ruim e uma árvore ruim não pode produzir um fruto bom”.
Sejamos uma dádiva ao próximo, através de nossos pensamentos, palavras e atos, pois só assim estaremos nos preparando para servir a Deus.
Equipe Vida e Espiritismo
Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 3 ed. França.Esta é uma livre interpretação.