O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 4 - itens 24 e 25
Esta é uma livre interpretação do texto de Luís, de 1859.
A encarnação para os espíritos é um estágio transitório que lhes permite evoluir, desenvolver a inteligência e realizar os propósitos que Deus lhe confiou.
Deus estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, as mesmas habilidades, as mesmas obrigações a cumprir e a liberdade de agir.
Aquele que realiza suas tarefas no bem com boa-vontade, com zelo e rapidamente, colabora na Seara de Jesus, pratica as Leis de Deus, agiliza o seu aprimoramento moral e desfruta mais cedo dos resultados de seu trabalho. Porém, aquele que emprega mal o seu livre-arbítrio, retarda o seu progresso espiritual e pode prolongar indefinidamente a necessidade de reencarnar.
Por meio do exemplo a seguir é possível entender melhor as colocações acima.
Todo estudante passa para o próximo ano escolar, se comparecer às aulas, cumprir todas as tarefas e se for aprovado nos exames, no atual período escolar. Esse é o meio para alcançar o objetivo.
O estudante dedicado encurta a estrada com o seu trabalho e dedicação. Por outro lado, aquele que é preguiçoso, repete o mesmo ano escolar e tem como obrigação recomeçar tudo aquilo que não cumpriu adequadamente. Ele pode considerar isso como um castigo, porém não é castigo, mas uma nova oportunidade. Contudo, esta nova oportunidade não terá as mesmas condições anteriores, o aluno negligente verá seus amigos seguindo em frente, em um novo patamar, mais avançado e ele terá que refazer tudo novamente.
O mesmo acontece com a encarnação.
O homem que foi negligente, irresponsável, maldoso, enfim, que não cumpriu com suas responsabilidades é obrigado a reencarnar novamente e repetir a vida corporal, para resgatar os seus erros do passado. Ele terá uma vida repleta de angústias e sofrimentos, pois, já poderia ter chegado ao objetivo. Por isso, este homem sente que a vida é como um castigo, porque, por sua negligência no bem, prolonga a sua permanência em mundos inferiores e infelizes.
O espírito que trabalha ativamente para o seu progresso moral e intelectual pode, mais rapidamente, alcançar os graus que o separa dos mundos superiores.
Os estágios existentes entre o espírito que está apenas no início da vida espiritual e espírito civilizado, mostram os graus intermediários pelos quais cada espírito necessita passar. O espírito civilizado passará ainda por outros estágios até alcançar o grau de espírito puro, ou seja, até atingir a perfeição.
Assim, Deus permite que, na reencarnação, os mesmos espíritos voltem a se relacionar para reparar suas faltas recíprocas. Com isso estabelecem laços de família sobre uma base espiritual e se apoiam nos princípios de solidariedade, de fraternidade e de igualdade.
Equipe Vida e Espiritismo
Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 3 ed. França.Esta é uma livre interpretação.