O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 10 - Itens 11 a 13
“Se fosse eu, teria feito de outra maneira e não teria errado, como ele errou!”
Uma frase fictícia, mas que expressa o sentimento de muitos de nós e, o que é pior, representa um julgamento dos atos dos outros e uma valorização de si mesmo.
Disse Jesus: “Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois com o critério com que vocês julgarem vocês serão julgados; e com a medida com que vocês tiverem medido vocês também serão medidos.” (Mateus 7:1-2)
E disse também: “Aquele que entre vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra.” (João 8:7)
Em ambas situações Jesus ensina que não devemos julgar os outros; devemos julgar os nossos próprios atos, pois não há quem não cometa faltas ou erros, e, principalmente, não condenar os outros por aquilo que nós mesmos nos desculpamos.
“O Evangelho segundo o Espiritismo” aborda que, normalmente, censurar o outro sobre seus atos, há dois motivos: “reprimir o mal ou desacreditar aquele que criticamos”.
Claro que "reprimir o mal" não é proibido, senão o mal jamais seria contido. Jesus mesmo nos deu o exemplo dessa reprovação em diversas situações relatadas nos Evangelhos bíblicos. Porém, essa reprovação, essa censura, está diretamente ligada à autoridade moral de quem faz a reprovação. Portanto, se cometemos os mesmos erros que censuramos em alguém, não temos autoridade moral nenhuma para tal comportamento e, assim, sem direito a reprimir ninguém.
O segundo motivo, “desacreditar aquele que criticamos”, é uma maldade, já que o objetivo aqui é apenas maldizer, caluniar, desvalorizar, depreciar etc., aquele a quem se critica.
A única autoridade verdadeira aos olhos de Deus é aquela que se baseia no bem que se pratica em favor do próximo, ajudando-o naquilo que ele mais necessita e não simplesmente julgando-o e criticando-o.
Equipe Vida e Espiritismo
Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 3 ed. França.Esta é uma livre interpretação.