O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 7 - itens 11 e 12
Esta é uma adaptação das mensagens de Larcordaire de 1863 e Adolfo de 1862.
A humildade é uma virtude que está bem esquecida entre nós!
Os grandes exemplos desta virtude são muito pouco seguidos!
É a humildade que permite ser caridoso para com o próximo. Essa virtude nivela todos os homens, pois somos todos irmãos e assim devemos nos ajudar mutuamente, nos conduzindo ao bem.
O orgulho é o terrível adversário da humildade!
Jesus prometeu o Reino dos Céus aos mais pobres, porque os grandes homens da Terra imaginam que títulos e riquezas são recompensas merecidas exclusivamente por seu mérito, e que sua essência é mais pura do que a dos pobres. Mas, a Química não encontrou nenhuma diferença entre o sangue do nobre e o do plebeu; do empregador e do empregado; entre o sangue do rico e do pobre.
Todos os homens são iguais perante Deus. As virtudes os distinguem aos olhos de Deus. Todos os Espíritos são da mesma essência; seus títulos e seus nomes não mudam nada; quando morrem seus corpos permanecem no túmulo, e não são os bens materiais que dão a felicidade prometida aos eleitos.
Caridade e humildade são os reais títulos de nobreza!
Todos precisamos olhar para a realidade do nosso mundo. Estamos contribuindo para sua grandeza ou para sua degradação?
Jesus nos deixou Sua Doutrina; Ele deu o exemplo de todas as virtudes, e o que fazemos com os Seus exemplos e com os Seus preceitos?
Sejamos generosos e caridosos sem ostentação; façamos o bem com humildade. Precisamos destruir gradualmente os altares que elevamos ao orgulho. Acreditemos na bondade de Deus, que sempre nos dá tantas provas disso.
Não podemos ser felizes sem benevolência mútua, e como pode a benevolência existir com orgulho?
O orgulho é a fonte de todos os nossos males. Para destruí-lo tomemos como regra de conduta a lei de Deus, a Doutrina de Jesus.
Por que valorizar aqueles que conquistaram seus bens prejudicando o próximo? Valorizemos aquele que vive do trabalho honesto, que respeita o próximo.
Por que valorizar aquele que é rico e indiferente aos outros? Valorizemos aquele, que independente dos bens que possui, é caridoso, humilde, bondoso!
Se valorizarmos as pessoas apenas pelo ouro que possuem ou pelo nome que carregam, e não pelas suas virtudes, que interesse às pessoas, que estão no erro, terão para corrigir suas faltas? Por que permitimos que as necessidades materiais invadam o bom senso e a razão? Por que muitos querem parecer melhores que seus irmãos?
Tal situação é sempre um sinal de decadência moral. Quando o orgulho atinge limites extremos este é o sinal de que a queda se aproxima e a queda é mais terrível quanto mais alto se imagina.
A sociedade, hoje, está sofrendo as consequências.
O egoísmo corrompe todos os caminhos, porém, Deus, com Sua infinita misericórdia, nos envia um poderoso remédio para nossos males, uma ajuda inesperada para nossas angústias. Abramos os olhos à luz. Os Espíritos nos esclarecem sobre nossos verdadeiros deveres. Nos dizem com a autoridade da experiência o que é nossa vida comparada à Eternidade. Eles nos ensinam que os maiores na Espiritualidade são aqueles que mais amaram seus irmãos, que também são os que mais serão amados no Céu. Que os poderosos da Terra, que abusaram de sua autoridade, serão reduzidos a obedecer a seus servos. Que a caridade e a humildade, essas duas irmãs, que caminham de mãos dadas, são os meios eficazes para se obter a graça diante de Deus.
O que estamos fazendo com as fortunas que Deus nos confiou? O que fazemos com a nossa vida, corpo, saúde, inteligência, bens materiais etc.?
Nos renovemos no Bem! Sigamos Jesus!
Equipe Vida e Espiritismo
Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 3 ed. França.Esta é uma livre interpretação.