O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 5 - Itens 29 e 30
Um homem que está descontente com a vida, mas que não quer tirá-la por suas próprias mãos, é culpado de buscar a morte em trabalhos arriscados, com o propósito de tornar útil a sua morte?
Aquele que pretende encurtar sua vida, sempre estará cometendo suicídio, intencionalmente ou não.
Se alguém pretende tirar a vida por suas mãos ou não, o objetivo será sempre o suicídio.
Pensar que sua morte será útil, é apenas uma ilusão, um pretexto para desculpar sua ação aos próprios olhos.
Se realmente tem o desejo de ser útil, procurará viver, já que morto não será útil.
A verdadeira dedicação consiste em não temer a morte quando se pretende ser útil, enfrentar o perigo e, se necessário, enfrentar a morte. Porém, se a intenção for buscar a morte, expondo-se a esse perigo, de nada vale a ação. Neste caso, é, também, suicídio.
Um outro caso que pode se apresentar a qualquer um é o de expor sua vida para salvar a vida de alguém. A pergunta que provavelmente surgirá é: isso pode ser considerado suicídio?
Os Espíritos respondem que se não houver a intenção de fato, ou seja, de não buscar a morte, não haverá suicídio, mesmo que, nesta ação, haja a certeza de sucumbir.
De fato, quem pode ter realmente a certeza de que irá sucumbir para salvar alguém? Não poderia Deus, no momento derradeiro, salvá-lo da morte?
Deus, muitas vezes, leva a prova até o limite e, inesperadamente, desvia o golpe fatal.
Equipe Vida e Espiritismo
Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, edição 3 em francês.Esta é uma livre interpretação.