O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 4 - Itens 18 a 23
Na Espiritualidade, os espíritos formam grupos unidos pela afeição, simpatia e semelhança de gostos.
A encarnação é apenas uma separação temporária para esses espíritos, mas que se reencontram ao retornarem para a Espiritualidade. Muitas vezes, esses espíritos seguem uns aos outros, podendo até mesmo encarnar em uma mesma família ou se unirem em um mesmo grupo, trabalhando juntos para a própria evolução. Os mais evoluídos se esforçam para que aqueles que estão mais atrasados progridam também.
Após cada existência, todos terão evoluído e estarão cada vez menos aprisionados ao que é material, tornando-se mais puros e ligados uns aos outros, em uma afeição verdadeiramente espiritual.
Deus, em sua infinita sabedoria, também permite que nas famílias encarnem espíritos antipáticos, estranhos ou, ainda, devedores entre si, cuja finalidade é servir como prova uns aos outros, tornando-se instrumentos de aperfeiçoamento entre si.
Diferentemente das doutrinas anti-reencarnacionistas, que anulam a preexistência da alma e tornam a única existência a definição de seu destino final, o progresso é uma consequência da reencarnação.
A questão 205 de O Livro dos Espíritos nos traz a reflexão acerca da doutrina reencarnacionista expondo que ela é responsável por fortalecer os laços familiares e não os destruir. Como o parentesco se baseia em afetos anteriores, os laços que unem os membros de uma mesma família são menos frágeis. Essa doutrina aumenta os deveres da fraternidade, pois próximo a um homem pode haver um espírito que já esteve ligado a ele por laços de consanguinidade.
É assim que os laços de família são fortalecidos pela reencarnação e não destruídos por ela. Os espíritos, unidos pelos laços de afeição, voltarão a se reencontrar sobre a Terra e na Espiritualidade, trazendo a certeza da continuidade das relações.
Equipe Vida e Espiritismo
Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 3 ed. França.Esta é uma livre interpretação.