O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 28 - itens 8 a 10

Jesus, quando se despedia de seus apóstolos, avisou: “Mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinará a vocês todas as coisas e fará com que se lembrem de tudo o que eu lhes disse.” (João 14:26)

Quando Jesus não estava mais fisicamente ao lado de seus apóstolos, em certa ocasião, Pedro estava de pé, junto com os onze apóstolos, ergueu a voz e dirigiu ao povo estas palavras:

“Homens da Judeia e todos que estão em Jerusalém! Fiquem sabendo disto e prestem atenção às minhas palavras. Estes homens não estão bêbados, como pensam, sendo apenas nove horas da manhã. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: ‘Acontecerá, nos últimos dias, disse o Senhor, que derramarei meu Espírito sobre todo ser humano. Seus filhos e suas filhas profetizarão, seus jovens terão visões e seus idosos terão sonhos. Nesses dias também derramarei o meu Espírito sobre meus servos e minhas servas, e profetizarão.’” (Atos 2:14-18)

E assim, Pedro, em seu primeiro discurso, junto ao povo, esclarece o que estava acontecendo com os Onze apóstolos. Naquele momento, o Espírito Santo descia sobre eles e os apóstolos começaram a falar em línguas diferentes, segundo o que o Espírito lhes instruíam falar. Isto fez com que as pessoas ficassem perplexas, porque cada um ouvia, em suas próprias línguas, sobre as grandezas de Deus. As pessoas se questionavam como isso estava acontecendo e uns achavam que os Onze estavam bêbados.

O povo não estava compreendendo que, naquele momento, estavam recebendo o Espírito Santo, o Consolador, por meio da mediunidade.

Deus quer que a sua luz atinja a todos os homens e em todos os lugares pela voz dos Espíritos, para que cada um encontre a prova da imortalidade da alma. Para isso, os Espíritos se manifestam em todos os lugares da Terra e assim, a mediunidade se revela às pessoas; independente da idade, sexo, condições físicas; pode ser criança, jovem, adulto ou idoso; homem ou mulher; rico ou pobre. A mediunidade é democrática e isso demonstra, no tempo previsto, o que foi revelado por Jesus e explicado por Pedro, conforme a passagem acima.

Deus, em sua infinita misericórdia, permite ao homem o conhecimento das coisas materiais para que consiga atingir locais longínquos, como os planetas, mas para o contato com o mundo espiritual, Deus deu aos homens a mediunidade. Para esse contato com o mundo espiritual, são necessários os médiuns.

O médium é o intérprete que transmite aos homens os ensinamentos, as comunicações dos Espíritos. Sua missão é séria, pois permite abrir os horizontes da vida eterna, para transformação moral do próximo e para a sua própria evolução moral.

Por meio do trabalho do médium, os Espíritos instruem os homens, ajudando-os para que sigam no caminho do bem; trazem suas experiências na Espiritualidade, provando que a vida continua além-túmulo. Esse trabalho mediúnico pode ser visto através de inúmeras obras sérias transmitidas pelos Espíritos e escritas pelos médiuns.

Os Espíritos não poupam o homem do trabalho material, visto que eles não determinam o que deve ser feito, mas o intuem e o orientam, porque o homem deve usar seu livre-arbítrio para evoluir e colaborar com a evolução da Terra e de seu próximo, de acordo com os desígnios de Deus. 

Os Espíritos não estimulam a ambição e nem a ganância, portanto os médiuns de maneira alguma devem fazer da mediunidade uma diversão ou uma profissão ou uma maneira de ganhar dinheiro, pois assim estariam fazendo mau uso da faculdade mediúnica e, como todos, terão que prestar contas pelo mau uso.

O médium que deseja ter a ajuda dos bons Espíritos deve, primeiro, buscar o seu próprio aprimoramento moral. Assim faz com que a sua mediunidade se desenvolva, caso contrário estará se ligando a espíritos maus, que podem levá-lo a prejudicar o próximo, a se prejudicar, inclusive podendo levá-lo a uma obsessão perigosa, porque terá a interferência de maus espíritos em sua vida.

O médium, para adquirir as qualidades necessárias para trabalhar no bem, deve se instruir; deve sempre pedir, por meio de preces e orações, as forças que são necessárias para o seu trabalho no bem; deve pedir a ajuda de bons Espíritos e se manter no bem. Além disso, o desenvolvimento mediúnico, isto é, de sua mediunidade, bem como, o trabalho mediúnico, deve ocorrer em uma Instituição séria. O médium que compreende o seu dever, não é orgulhoso pelas comunicações que recebe, mas sim, agradecido a Deus pela oportunidade de poder ajudar e de ser ajudado.

Consulte as preces que compõem o livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. No capítulo 28 encontrará a “Coleção de preces espíritas, Preces gerais, Para os médiuns”.

Equipe Vida e Espiritismo

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