O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 17 - item 9
O artigo de hoje abrange o texto de explicação de François-Nicolas-Madeleine, de 1863, contido em O Evangelho Segundo o Espiritismo.
A autoridade não é conferida a alguém para este ter o vão prazer de mandar, nem é uma propriedade, como muitas pessoas pensam. Assim como a riqueza, a autoridade é uma delegação, e quem possuí-la deverá prestar contas a Deus do uso que está fazendo dela. Ninguém pode dizer que algo lhe pertence, se este pode ser tirado sem seu consentimento.
Todo homem tem uma missão; grande ou pequena, ela deve ser conduzida para o bem. Deus confere autoridade como uma missão ou prova, quando julga que é importante. Então, todo aquele que a possui, seja sobre um funcionário ou sobre um povo, responderá pelo seu bom ou mau uso. Se empregarem a autoridade para o bem, colherão bons frutos; se a empregarem mal, colherão o resultado das faltas cometidas e dos maus exemplos dados, pois aquele que abusa de sua autoridade e trata com desprezo aquele que é subordinado, se verá obrigado a obedecer um superior mais ríspido que ele mesmo.
Como nos esclarece a questão 275 de O Livro dos Espíritos, o poder e a consideração que o homem desfruta na Terra não lhe dão supremacia no mundos dos espíritos. O maior na Terra pode pertencer à última categoria entre os espíritos; do mesmo modo que, o servo pode pertencer à primeira categoria entre os espíritos.
A autoridade existente entre os espíritos corresponde ao grau de superioridade que hajam alcançado, isto é, quanto mais elevado for um espírito, quanto mais despojado da matéria ele for, maior a sua superioridade moral. O espírito prova sua elevação quando todos os atos de sua vida corpórea representam a prática da Lei de Deus e quando ele compreende a vida espiritual, como nos relembra a questão 918 de O Livro dos Espíritos, o homem de bem é aquele que sempre pratica a lei de justiça, amor e caridade.
Portanto, aquele que se acha compenetrado nas palavras de Jesus, não despreza ninguém e sabe da importância de retribuir o mal com o bem, e que as faltas cometidas não podem ser justificadas pelas faltas dos outros. Todo aquele que se desvia do caminho do bem, adquire uma dívida com Deus e com o próximo e que, cedo ou tarde, terá de pagar.
Equipe Vida e Espiritismo
Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 3 ed. França.