O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 5 - item 23
Esta é uma livre interpretação do texto de Fénelon, de 1860, contido em O Evangelho Segundo o Espiritismo.
O que seriam tormentos voluntários?
Tormentos voluntários são aqueles tormentos criados por nós mesmos, por procurarmos a felicidade nas coisas materiais, por fazermos o que não deveríamos, por falarmos o que não poderíamos, por alimentarmos em nós mesmos, sentimentos que contradizem os princípios de amor e caridade, ensinados por Jesus.
O homem está sempre em busca da felicidade, mas ela escapa de suas mãos a todo momento.
A felicidade seria possível se o homem não a procurasse entre as coisas materiais e perecíveis, criando para si os tormentos que caberia à ele evitar: os tormentos voluntários.
Ao alimentar a inveja e o ciúme, o homem se torna invejoso e ciumento, isto é, para ele não existe tranquilidade.
Para o invejoso e ciumento, aquilo que os outros possuem são a causa de noites e noites mal dormidas, já que o único interesse que possuem é superar seus rivais e ter mais do que eles. Não imaginam que, com a morte, vão ter que abandonar tudo o que lhes envenena a alma.
Ao contrário dos invejosos e ciumentos, aqueles que são gratos, que se contentam com o que tem, sem querer parecer mais do que são, são sempre calmos e ricos em qualidades, pois olham para aqueles que têm menos do que eles e não criam para si mesmos, necessidades que nada valem, que nada ajudam.
E a calma não seria uma felicidade em meio às dificuldades da vida?
Portanto, contente-se com o que tem, veja sem inveja aquilo que não possui e não procure parecer mais do que é.
Você será sempre rico e calmo se não criar para si necessidades artificiais e sem valor algum.
Equipe Vida e Espiritismo
Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 3 ed. França.Esta é uma livre interpretação.