O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 15 - item 2

O artigo de hoje abrange o texto de explicação da Parábola do Bom Samaritano, contido em O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Certa vez, um doutor da lei, querendo encontrar algo contra Jesus, lhe perguntou:

— Mestre, o que devo fazer para conseguir a vida eterna?

E Jesus respondeu:

— O que está escrito na Lei de Deus?

E ele respondeu:

— Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e com toda a tua mente; e teu próximo como a ti mesmo.

Jesus disse:

— Respondeu bem. Faça isso e você viverá.

O doutor da lei, querendo se justificar, perguntou ainda a Jesus, quem era seu próximo. E Jesus contou a seguinte história:

Um homem que ia para Jericó foi assaltado e deixado à beira da morte na estrada. Um sacerdote que passava pela mesma estrada, viu o homem caído, mas decidiu continuar sua viagem, sem ajudar o homem. Em seguida, veio um levita, que também viu o homem caído, mas decidiu não ajudar o homem e seguiu viagem. Mas um samaritano, que seguia viagem passou pelo lugar que aquele homem estava e, tendo-o visto, foi movido por compaixão e ajudou-o a se recuperar, levando-o para uma hospedaria. Lá, o samaritano cuidou do homem a noite toda e, ao sair pela manhã, pagou ao dono da hospedaria para que continuasse a cuidar dele. 

Na sua opinião, qual destes considerou o homem que foi assaltado como seu próximo?

O doutor da lei, então, respondeu a Jesus: 

— Aquele que usou de misericórdia para com o homem.

Jesus disse: 

— Então vá, e faça o mesmo.

Lucas 10:29-37

* * *

Nesta passagem bíblica, contida no Evangelho de Lucas, a moral de Jesus é clara e se resume na caridade e na humildade, virtudes contrárias ao orgulho e ao egoísmo. Ele não faz distinção entre as crenças de cada um. O que Ele ensina é que se deve praticar o amor ao próximo, independentemente do que cada um acredita ou segue. A caridade deve vir sempre em primeiro lugar, pois é ela que abrange todas as outras virtudes, inerentes ao verdadeiro homem de bem.

Como nos relembra a questão 886 de O Livro dos Espíritos, praticar a caridade é praticar a benevolência para com todos, a indulgência para com as imperfeições dos outros e o perdão das ofensas; a caridade é um dos complementos da lei de justiça. E, segundo Jesus, a caridade “não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com nossos semelhantes. Ela nos prescreve a indulgência, porque da indulgência precisamos nós mesmos, e nos proíbe que humilhemos os desafortunados”.

Equipe Vida e Espiritismo

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