O Livro dos Espíritos | Livro 2 “Mundo espírita ou dos espíritos” | Capítulo 7 “Retorno do Espírito à vida corporal”
Princípios do retorno, questões 330 a 339
O artigo de hoje abrange as questões 330 a 339, contidas em O Livro dos Espíritos, sobre os princípios que regem a reencarnação.
A reencarnação é uma necessidade da vida espiritual, assim como a morte é uma necessidade da vida corporal. O objetivo da reencarnação é a expiação, a melhora progressiva da Humanidade, como nos relembra a questão 167, também de O Livro dos Espíritos.
Os espíritos não sabem exatamente o momento em que vão reencarnar, mas sentem quando este momento está próximo. A preocupação quanto a reencarnação depende da natureza mais ou menos avançada de cada espírito. Há quem não pense nisso e nem mesmo entenda o que é a reencarnação.
O espírito pode antecipar o momento da sua reencarnação, caso queira muito, assim como pode retardar recuando diante da prova, pois entre os espíritos há também aqueles que são covardes e indiferentes. Mas um espírito que está feliz em uma condição mediana e que não tem ambição de evoluir não pode prolongar esse seu estado indefinidamente, pois o progresso é uma necessidade que o espírito experimenta mais cedo ou mais tarde. Todos devem evoluir.
Embora o espírito possa escolher o corpo, porque as imperfeições deste corpo são para ele provações que o ajudam a progredir, se superar os obstáculos, a escolha nem sempre depende dele. A união do espírito com determinado corpo pode ser imposta por Deus, assim como as diversas provas, principalmente, quando o espírito ainda não é capaz de fazer uma escolha com pleno conhecimento de causa. Muitos podem pedir por determinado corpo, mas é Deus quem julga aquele que é capaz de cumprir a missão para qual está destinado. E, caso o espírito recuse o corpo escolhido, ele sofre muito mais do que aquele que não tentou nenhuma prova.
Portanto, como a questão 132 de O Livro dos Espírito nos traz, Deus impõe a encarnação aos espíritos para que eles cheguem à perfeição. E para alcançarem essa perfeição, os espíritos sofrem todas as dificuldades da existência corporal. Para uns, é expiação; para outros, missão. A finalidade está em colocar o espírito em condições de suportar a parte pela qual é responsável na obra de Deus.
É assim que, o momento da encarnação é acompanhado por uma perturbação muito maior e mais longa do que a que ocorre na desencarnação, pois na morte do corpo, o espírito sai da escravidão e, ao nascer, o espírito entra nela.
Equipe Vida e Espiritismo
Bibliografia: KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 1 ed. França.Esta é uma livre interpretação.