O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 2 - item 8
O artigo de hoje abrange uma livre interpretação do texto contido no livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo".
Uma Rainha da França, em Havre fez o seguinte depoimento em 1863:
“Me perdi na Terra pelo orgulho. O que trouxe da realeza terrestre? Nada!
Por ser rainha acreditava que levaria isso ao Reino dos Céus.
Que desilusão! Que humilhação! Em vez de ser recebida ali como soberana, vi acima de mim, homens que considerava muito pequenos e que desprezava, porque não eram de sangue nobre!
Compreendi, que não valia as honras e grandezas que são disputadas sobre a Terra!
Compreendi a verdade destas palavras de nosso Senhor Jesus: “O meu Reino não é deste mundo”.
Para preparar um lugar no Reino do Céus é preciso abnegação, humildade, caridade em todas as suas práticas e benevolência para todos.
Não é perguntado o que você foi, que posição ocupou, mas o bem que fez, as lágrimas que enxugou.
Oh! Jesus, disseste, que Seu Reino não era deste mundo, porque o sofrimento eleva ao Céu. Os degraus do trono não nos aproximam do Seu Reino. São os caminhos mais dolorosos da vida que levam até lá.
Busque, portanto, o caminho entre pedras e espinhos, e não entre flores.
Os homens correm atrás dos bens terrenos como se pudessem mantê-los para sempre, mas aqui não há ilusão.
Ajude com suas orações aqueles que não conquistaram o reino dos Céus, pois, a oração aproxima o homem de Deus; é o elo de união entre o Céu e a Terra. Não se esqueça disso!”
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O relato existente nesta lição de O Evangelho Segundo o Espiritismo mostra a importância de se vivenciar a caridade e benevolência para com todos, compreendendo que a valia das honras e grandezas que são disputadas sobre a Terra, com sede de poder e glória, são ilusões que afastam o homem de Deus.
O título de rei na Terra tem uma conotação diferente no mundo espiritual.
Na Terra, o título de realeza é conferido por pessoas e exercido por um período de tempo limitado, mas essa realeza acaba com a morte do corpo físico.
O valor do reinado terreno, portanto, nada mais é que a desilusão que pode levar o homem a negligenciar os valores únicos, sólidos e permanentes que o aproxima de Deus. É preciso abnegação, humildade e fazer o bem para estarmos próximos do Altíssimo.
Voltemos nosso olhar para a prática infindável do bem, da caridade e do amor ao próximo, como Jesus nos ensinou. Lembremos que o título de Rei que Jesus detém advém do mérito moral e este é permanente, sobrevivendo à morte.
Todo aquele que tem qualquer tipo de autoridade na Terra deve fazer bom uso disso, porque terá que prestar contas a Deus da autoridade que lhe foi concedida. A autoridade é dada para que seja utilizada em prol do próximo e lembremos que da mesma maneira que Deus a concede, Ele a retira.
Equipe Vida e Espiritismo
Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 3 ed. França.Esta é uma livre interpretação.