O Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo 12 | Amai os vossos inimigos
Se o amor ao próximo é o princípio da caridade, amar os inimigos é a sua aplicação sublime, pois esta virtude é uma das maiores vitórias sobre o egoísmo e o orgulho.
Quando Jesus disse “Amai os seus inimigos”, não disse Ele que o homem deve ter a mesma ternura pelos inimigos, que tem por um irmão ou amigo, pois ternura pressupõe confiança.
Amar os inimigos é não ter contra eles nem ódio, nem rancor, nem desejo de vingança. É perdoá-los sem segunda intenção e sem nenhuma condição. É não criar obstáculos à reconciliação. É desejar-lhes o bem, em vez de desejar-lhes o mal. É estender uma mão amiga quando necessitarem. É rejeitar palavras e ações que possam prejudicá-los. É, enfim, devolver o mal com o bem, sem intenção de humilhá-los.
O Espírita acredita na vida futura, sabe que na vida atual encontrará a maldade, que faz parte das provas que deve enfrentar e isto as torna menos amargas. Ele sabe que é uma oportunidade para desenvolver a paciência, a resignação, o perdão e isso o protegerá da maldade. Ele busca ser mais nobre, generoso e evoluir espiritualmente.
Esta é uma livre interpretação. Livro consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, edição 3 em francês.A morte livra o homem apenas da presença física de seu inimigo, mas este inimigo pode persegui-lo com seu ódio, mesmo desencarnado.
Os inimigos desencarnados manifestam sua maldade por meio das obsessões e subjugações, que são uma variedade das provações da vida. Essas provações ajudam na evolução do homem e são consequências da natureza inferior da Terra; se não houvesse homens maus na Terra, não haveriam espíritos malignos na Terra. Assim, se devemos ter indulgência e benevolência para com os inimigos encarnados, devemos ter, também, com os desencarnados.
As almas de homens perversos se acalmarão somente com o sacrifício de seu ódio, isto é, pela prática da caridade. Essa caridade não só os impedirá de fazer o mal, como os reconduzirá ao caminho do bem, contribuindo, dessa forma, para a sua evolução moral.
Não existe coração tão perverso que não seja tocado pelas boas ações e assim de um inimigo, pode-se fazer um amigo antes e depois de sua morte.
Portanto, a máxima “Amai os seus inimigos”, não se aplica apenas aos encarnados e na vida presente, mas se traduz na grande lei da solidariedade e da fraternidade universal.
Esta é uma livre interpretação. Livro consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, edição 3 em francês.Jesus disse: “Se alguém lhe bater na face direita, ofereça-lhe a outra também; retribua o mal com o bem.”
Esta passagem está contida no Evangelho de Mateus.
Para o orgulhoso esta frase pode soar como covardia, pois sua visão não ultrapassa a vida presente e assim não compreende a coragem empregada em suportar um insulto.
Contudo, Jesus não quis dizer que não é necessário pôr um freio às agressões, pois o próprio instinto de defesa é uma lei da natureza. Mas Jesus condena a vingança.
O homem deve aceitar com humildade tudo o que possa abater seu orgulho, pagando o mal que lhe fazem com o bem, sendo humilde e suportando pacientemente uma injustiça ao invés de praticar outra, pois mais vale ser ofendido do que ofender, ser enganado do que enganar, ser arruinado do que arruinar os outros.
Somente a fé na vida futura e na justiça de Deus darão forças para o homem suportar pacientemente as maldades.
Quanto mais o homem elevar seu pensamento acima da vida material, menos se ofenderá com as coisas da Terra.
Esta é uma livre interpretação. Livro consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, edição 3 em francês.Esta é uma livre interpretação do texto de Júlio Olivier, de 1862.
A vingança é um hábito cruel, grosseiro, indicando o atraso moral dos homens, mas que, um dia, desaparecerá da Terra.
Vingar-se é totalmente contrário ao que Jesus disse “Perdoai aos seus inimigos”. Aquele que não perdoa não é Espírita, como também, não é Cristão.
Quase sempre, quem se vinga, não o faz à vista de outros. No geral, aquele que pratica a vingança segue caminhos sombrios e espera o momento onde seu inimigo não desconfia para feri-lo, preparando armadilhas.
Se o seu ódio não chega a tanto, espalha a calúnia e o veneno contra o inimigo. Com isto, aquele que é perseguido vê seus amigos e parentes se afastarem dele.
Todo aquele que alimenta o ódio e pretende vingar-se, não carrega em seu coração o perdão.
Perdoar é um ato de caridade e fora caridade não há salvação.
Esta é uma livre interpretação. Livro consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, edição 3 em francês.Esta é uma livre interpretação do texto de Fénelon, de 1861.
Amem-se uns aos outros e vocês serão felizes.
Amem aqueles que lhes inspiram a indiferença, o ódio e o desprezo.
Jesus, deu o exemplo desta dedicação; missionário de amor, amou a ponto de dar Seu sangue e Sua vida.
O sacrifício que obriga o homem a amar aqueles que o insultam e perseguem é doloroso; mas é isso que o torna superior a eles.
Que cada um, portanto, busque cumprir aquilo que a lei do amor ordena: amar indistintamente a todos.
O amor aproxima o homem de Deus e o ódio o distancia Dele.
Esta é uma livre interpretação. Livro consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, edição 3 em francês.Esta é uma livre interpretação dos textos de Adolfo, Agostinho, um Espírito protetor e François-Xavier, entre 1861 e 1862.
O duelo é um crime de homicídio segundo a legislação e crime aos olhos de Deus.
Ninguém tem o direito de atentar, tirar a vida de seu próximo ou, ainda, expor a própria vida, por um insulto. Embora o duelo possa ser considerado por alguns uma prova de coragem física, é também uma covardia moral, como o suicídio. O suicida não tem coragem de enfrentar as dificuldades da vida e aquele que duela não tem humildade para suportar as ofensas.
Jesus condena o duelo e ensina que para uma ofensa, deve-se oferecer a outra face.
Enquanto uma gota de sangue humano correr sobre a Terra pelas mãos dos homens, o verdadeiro Reino de Deus não terá chegado. Este Reino é de paz e amor, sem rancores, discórdias ou guerras.
Um golpe contra o próximo é, também, um golpe contra Deus.
“Não faça aos outros o que não gostaria que lhe fosse feito”, assim, acabarão os duelos e as guerras, que são conflitos entre pessoas.
“Amem-se uns aos outros” e responda uma ofensa com o perdão.
Esta é uma livre interpretação. Livro consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, edição 3 em francês.