Espiritismo em 1 minuto

Mateus em seu Evangelho escreveu que, certa ocasião, Jesus contou a seguinte parábola:

Um rei enviou seus empregados para chamarem os convidados para a festa de casamento de seu filho. Mas os convidados se recusaram a ir para a festa.

Em seguida, o rei mandou outros empregados convidar outras pessoas e dizer a elas que tudo estava pronto e que viessem para o casamento, mas alguns não aceitaram o convite e foram para compromissos diferentes; outros insultaram e mataram os empregados do rei.

Após isso, o rei disse aos seus empregados que aqueles que foram convidados não eram dignos. E mandou que convidassem todos que encontrassem pelo caminho. 

Seus empregados, então, reuniram pessoas boas e más, e o salão da festa do casamento ficou repleto de pessoas.

Então, o rei entrou e vendo um homem que não usava a veste nupcial, perguntou-lhe: 

— Como entrou aqui sem a veste nupcial? 

O homem ficou mudo.

Diante disso, o rei pediu que tirassem aquele homem dali e afirmou que muitos são chamados e poucos são escolhidos.

Aquele que é descrente, despreza a parábola da festa de casamento, pois não compreende toda a dificuldade para participar de uma cerimônia.

Jesus, nesta parábola, compara o Reino dos Céus, a uma festa de casamento, onde muitos foram convidados, mas poucos aceitaram o convite. 

Os convidados que não aceitaram o convite são aqueles que são indiferentes às coisas celestiais.

Os empregados do rei são os profetas, emissários de Deus, que vieram aconselhar as pessoas a seguir o caminho do bem; mas suas palavras foram pouco ouvidas ou desprezadas, e muitos foram massacrados, como os empregados da parábola. 

O convite para os bons e maus significa que a palavra de Deus seria pregada a todas as demais pessoas e, se elas aceitassem, seriam admitidas na festa. Mas, além do convite, era necessário usar a veste nupcial, ou seja, ter pureza de coração e praticar a lei, que está contida inteiramente nestas palavras “Fora da caridade, não há salvação”.

Porém, daqueles que ouvem a palavra divina, poucos fazem bom uso e se tornam dignos de entrar no Reino dos Céus! É por isso que Jesus disse: “Muitos são chamados e poucos são escolhidos”.

Disse Jesus: 

— Esforçai-vos para entrar pela porta estreita, porque muitos procurarão entrar e não conseguirão.

E Jesus disse também: 

— Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição e são muitos os que entram pela porta larga da perdição. Estreita é a porta e apertado é o caminho que leva à vida e poucos a encontram.

Essas são passagens dos Evangelhos de Lucas e Mateus.

A porta para a perdição é ampla, porque as más paixões são numerosas e o caminho do mal é frequentado por milhares de pessoas. O caminho da salvação é estreito, porque quem deseja cruzá-lo deve fazer grandes esforços para superar suas más tendências e poucos querem isso.

A Terra é um mundo de expiação onde o mal ainda predomina; quando progredir, o caminho para o bem será o mais frequentado.

Acreditando na preexistência da alma e na pluralidade dos mundos, o horizonte do homem se amplia; o presente e o futuro se unem ao passado e então, pode-se compreender toda a sabedoria das máximas de Jesus.

Disse Jesus:

Nem todos que me dizem “Senhor! Senhor!” entrarão no Reino de Deus; mas somente aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus. Muitos me dirão: Senhor, Senhor, não profetizamos em seu nome? E em seu nome não expulsamos demônios? E em seu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi claramente: Nunca os conheci; afastem-se de mim, vocês que praticaram o mal.

Todo aquele que ouve as minhas palavras e as pratica, será igual ao homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Desceu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e a casa não desmoronou, porque estava edificada sobre a rocha. Mas quem ouve minhas palavras e não as pratica, é como o insensato que construiu sua casa sobre a areia. Desceu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e a casa desmoronou e sua perda foi grande.

Qualquer um que desobedecer a um desses pequenos mandamentos, e ensinar outros homens a fazerem o mesmo, será chamado o menor no Reino de Deus, mas, aquele que os cumprir e ensinar estes mandamentos será chamado grande no Reino de Deus.

Estas passagens estão nos Evangelhos de Mateus e Lucas.

Aqueles que reconhecem a missão de Jesus dizem: “Senhor! Senhor!”, mas, de nada adianta chamá-lo de Mestre ou Senhor, se não seguem Seus ensinamentos e se não sacrificam seu orgulho e seu egoísmo.

Ninguém convencerá a justiça divina pela quantidade de palavras que disser ou por ajoelhar-se durante suas orações, porque o Reino de Deus é para os que praticam a lei do amor e da caridade. 

Pelas aparências pode-se enganar aos homens, mas não a Deus.

As palavras de Jesus são eternas e garantem a paz, a serenidade, o equilíbrio e o entendimento durante a vida terrena. Aquele que se edificar nestas palavras será estável ​​como a casa construída sobre a rocha; mas aquele que violar os princípios de Jesus, será como a casa construída sobre a areia, levada pelo rio do progresso e pelo vento das renovações.

Aquele que conhece os ensinamentos de Jesus certamente é culpado por não praticá-los.

Os ensinamentos dos Espíritos reproduzem as máximas de Jesus. Elas são expostas, desenvolvidas e comentadas de diferentes formas para colocá-las ao alcance de todos. Os Espíritos se comunicam em todos os lugares. Assim, aquele que recebe as mensagens diretamente ou por intermédio de outros, não pode alegar ignorância ou se desculpar por supostamente não entender.

Aquele que não aproveita estes ensinamentos para seu aperfeiçoamento é mais culpado, por não se tornar menos vaidoso, menos orgulhoso, menos egoísta, menos apegado aos bens materiais e por não ajudar o próximo.

Os médiuns que obtêm boas comunicações e persistem no mal são ainda mais repreensíveis, porque ao invés de tomar para si as lições que recebem, creem que elas são aplicadas aos outros.

Portanto, muito será pedido àqueles que muito receberam, mas também muito será dado àqueles que praticam estes ensinamentos.

O primeiro pensamento de todo espírita sincero deve ser buscar, nos conselhos dados pelos Espíritos, se há algo que lhe diga respeito.

O Espiritismo vem para multiplicar o número de chamados e pela fé que ele desperta, também multiplicará o número dos escolhidos.

Esta é uma livre interpretação do texto de um Espírito amigo, de 1862.

Jesus disse: “Aquele que tem, será dado e terá mais; mas aquele que não tem, até o que tem lhe será tirado”. 

Essa máxima, contida no Evangelho de Mateus, parece contraditória, mas aquele que recebeu é o que compreendeu os ensinamentos divinos. Recebeu por ter feito bom uso destes ensinamentos e Deus, com Seu amor, o encoraja ainda mais para a prática do bem.

De forma resignada e perseverante, eles atraem as bênçãos de Deus que Lhes fortalece para progredir moralmente.

Deus não tira de Suas criaturas o bem que concede.

A própria criatura é que não permite que os ensinamentos divinos que recebeu, germine em seu coração, pois não faz bom uso destes ensinamentos e nem os pratica.

Aquele que nada cultiva em seu campo de trabalho, verá este campo coberto de ervas daninhas, pois nada produz de bom nele.

Deus preparou tudo e não se deve culpá-Lo pelas misérias, pois a culpa é de cada um, por seu próprio descuido. 

Coragem! Deve-se semear a boa semente que o Senhor, com Seu amor, confia a cada um e que renderão bons frutos.

Esta é uma livre interpretação do texto de Simeão, de 1863.

Disse Jesus: "Nem todos aqueles que me dizem: Senhor, Senhor, entrarão no Reino dos Céus, mas somente aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus." 

É momento de prestar atenção, pois chegou a hora de ouvir. 

É suficiente dizer: "Eu sou cristão" para seguir a Cristo?

Os verdadeiros cristãos são reconhecidos por suas obras.

"Uma árvore boa não pode dar frutos ruins, nem uma árvore ruim pode dar frutos bons." 

Deve-se cultivar a árvore da vida, da esperança e da fé. Jesus a plantou e incentivou a cuidar desta árvore com amor, para que produza frutos divinos em abundância. Ela não deve ser mutilada e nem seus frutos benéficos desperdiçados. É essencial compartilhar o abrigo que ela oferece com todos. 

"Não se colhem uvas nos espinheiros." 

É preciso seguir aqueles que conduzem à árvore da vida e se afastar daqueles que apresentam os espinhos no caminho.

Que a árvore da vida derrame seus frutos em abundância sobre cada um!

Todos devem ter fé e orar!