O Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo 4 | Ninguém poder ver o Reino de Deus se não nascer de novo
A ressurreição supõe o retorno da vida ao corpo que está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível.
Ao contrário da ressurreição, a reencarnação, para o Espiritismo, é o retorno do Espírito para um novo corpo.
É importante entender que o Espírito é independente do corpo e eles não são criados ao mesmo tempo.
Jesus disse: “Aquele que não nascer de novo, não poderá ver o Reino de Deus”, e ainda acrescenta: “Não se surpreenda por estar lhe dizendo que você deve nascer de novo”, estabelecendo assim, que esta é a única forma de chegar ao reino de Deus, ou seja, progredindo moral e intelectualmente para ter o mérito de habitar os mundos felizes.
A reencarnação é uma lei de Deus. Somente esta lei pode dizer ao homem de onde vem, para onde vai e porquê está na Terra, justificando assim todas as aparentes injustiças que a vida apresenta em seu curso.
Ninguém teria o conhecimento de sua origem e nem de seu destino se apenas considerasse a vida atual.
Assim, o princípio da preexistência do Espírito e o da pluralidade das existências, trazem entendimento a grande parte das máximas do Evangelho, tornando a vida compreensível e lógica.
Esta é uma livre interpretação. Livro consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, edição 3 em francês.Os laços de família são fortalecidos pela reencarnação e não destruídos por ela.
Na Espiritualidade, os espíritos formam grupos unidos pela afeição, simpatia e semelhança de gostos.
A encarnação é apenas uma separação temporária para esses Espíritos, mas que se reencontram ao retornarem para a Espiritualidade. Muitas vezes, esses Espíritos seguem uns aos outros, podendo até mesmo encarnar em uma mesma família ou se unem em um mesmo grupo, trabalhando juntos para a própria evolução. Os mais evoluídos se esforçam para que aqueles que estão mais atrasados progridam também.
Após cada existência, todos terão evoluído, e estarão cada vez menos aprisionados ao que é material, tornando-se mais puros e ligados uns aos outros, por uma afeição verdadeiramente espiritual.
Deus, também permite que nas famílias encarnem Espíritos antipáticos ou estranhos, cujo objetivo é servirem como provas uns aos outros, tornando-se instrumentos de aperfeiçoamento entre si.
O progresso é uma consequência da reencarnação.
Com a reencarnação, o futuro torna-se esperançoso. Os Espíritos unidos pelos laços de afeição voltarão a reencontrar-se, trazendo a certeza da continuidade das relações.
Esta é uma livre interpretação. Livro consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, edição 3 em francês.Esta é uma livre interpretação do texto de Luís, de 1859.
A encarnação não tem limites traçados, pois depende do próprio Espírito para se libertar mais ou menos rapidamente, trabalhando pela sua purificação.
De acordo com o mundo em que o Espírito encarna, ele se reveste do envoltório apropriado à natureza desse mundo.
A encarnação, tal como se verifica na Terra, pode-se dizer que está limitada aos mundos inferiores, onde o corpo é mais compacto, mais pesado, mais grosseiro e material. Nos mundos mais evoluídos, o corpo é transparente e quase impalpável.
Os Espíritos muito evoluídos atingiram um grau de libertação tão grande que lhes é permitido transportarem-se para todos os locais, para cumprirem missões que lhes foram confiadas.
Em resumo, o Espírito purifica-se pouco a pouco até a depuração completa, ou seja, a materialidade do corpo físico diminui à medida que o Espírito se eleva.
Esta é uma livre interpretação. Livro consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, edição 3 em francês.Esta é uma livre interpretação do texto de Luís, de 1859.
A encarnação para os Espíritos é um estágio transitório que lhes permite evoluir, desenvolver a inteligência e fazer o uso do livre-arbítrio.
Deus estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, obrigações e liberdade de agir.
Pode-se entender da seguinte maneira:
Um estudante dedicado só passa para o próximo ano escolar se for aprovado em todas as matérias. Já o estudante que não se dedicou, repetirá o mesmo ano, para cumprir suas obrigações. Isso não é castigo, mas uma nova oportunidade.
O mesmo acontece com a encarnação.
O Espírito que poderia ter evoluído, é obrigado a reencarnar em uma vida com angústias, em mundos inferiores e infelizes e com isso, se sente castigado.
Por outro lado, o Espírito que trabalha ativamente para o seu progresso moral e intelectual, pode abreviar a duração da encarnação material e ultrapassar os graus intermediários que o separa dos mundos superiores.
Deus permite na reencarnação, que os mesmos Espíritos voltem a se relacionar para reparar as suas faltas recíprocas; estabelecer os laços de família sobre uma base espiritual e apoiar os princípios de solidariedade, fraternidade e igualdade.
Esta é uma livre interpretação. Livro consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, edição 3 em francês.