O Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo 11 | Amar o próximo como a si mesmo
Certa ocasião perguntaram a Jesus:
— Mestre, qual é o maior mandamento da lei?
E Jesus respondeu:
— Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento; este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo é: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Toda a lei e os profetas estão contidos nestes dois mandamentos.
Esta passagem está no Evangelho de Mateus.
Amar a Deus; amar ao próximo como a si mesmo; fazer pelos outros o que gostaríamos que os outros fizessem por nós é a mais completa expressão da caridade, porque resume todos os deveres para com o próximo. A prática dessas máximas tende a destruir o egoísmo.
Quando os homens tomarem estas máximas como regra de conduta e como base de suas instituições, compreenderão a verdadeira fraternidade e farão reinar entre eles a paz e a justiça; não mais haverá ódio e discórdia, mas união, harmonia e bondade entre os homens.
Esta é uma livre interpretação. Livro consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, edição 3 em francês.Certo dia, se aproximaram de Jesus e Lhe perguntaram:
— Mestre, sabemos que é verdadeiro e ensina o caminho de Deus. Diga-nos, é justo pagar o tributo a César, ou não?
E Jesus respondeu:
— Mostre-me a moeda com que é pago este tributo. E a mostraram.
Jesus, então, perguntou:
— De quem é esta imagem e inscrição?
— De César — disseram-Lhe.
E Jesus concluiu:
— Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
As pessoas admiraram Sua resposta e O deixaram.
Esta passagem está nos Evangelhos de Mateus e Marcos.
Essa pergunta feita a Jesus era uma armadilha pois, conforme Sua resposta, eles esperavam incitar as autoridades ou o povo contra Ele. Mas Jesus, com sua sabedoria, contorna a dificuldade e ensina uma lição de justiça, dizendo para dar a cada um o que lhe é devido.
Jesus ensina ainda, que o homem deve agir com o próximo da mesma forma que gostaria que agissem com ele; determina que o respeito pelos direitos de cada um, deve ser aplicado para com todos os indivíduos.
Esta é uma livre interpretação. Livro consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, edição 3 em francês.Esta é uma livre interpretação dos textos de Fénelon, de 1861, de Lázaro, de 1862, e Sanson, de 1863.
O amor resume toda a doutrina de Jesus.
O homem, em sua origem, só possui instintos. Quando avança um pouco, tem sensações. Quando se depura, passa a ter sentimentos. E o máximo dos sentimentos é o amor.
Os instintos são os embriões dos sentimentos e fazem com que o homem progrida. Este progresso dependerá do trabalho que ele empregar para elevar-se.
Quando Jesus pronunciou esta palavra divina “amor”, fez os povos estremecerem e deu esperança aos mártires.
O amor é essencialmente divino e todos, sem exceção, o possuem no fundo do coração, na forma de uma centelha, de gérmen. Esse gérmen se desenvolve à medida que o homem cresce moralmente e intelectualmente. Até o mais criminoso dos homens, possui esta centelha, pois sempre tem afeição por algo ou alguém.
Para que a Lei do Amor seja praticada, conforme quer Deus, é preciso que cada um ame a todas as criaturas, sem fazer distinção, pois é com amor que o egoísmo é sufocado.
Esta é uma livre interpretação. Livro consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, edição 3 em francês.Esta é uma livre interpretação dos textos de Fénelon, de 1861, de Lázaro, de 1862, e Sanson, de 1863.
Disse Jesus “Amai o vosso próximo como a si mesmo”. Com isso, Jesus quis dizer que é preciso amar a Humanidade inteira.
Amar é tentar suavizar sempre a dor do próximo, considerando-o como um membro da família. Para todos os sofrimentos, é necessário ter sempre uma palavra de esperança e conforto, estendendo a mão ao outro.
Nos mundos superiores, o amor é o guia de seus habitantes, estabelecendo a harmonia. É este mesmo amor que, um dia, com o esforço de todos, também transformará a Terra em um paraíso. Nela, será vista apenas a caridade, a paciência, a humildade e a resignação, virtudes filhas do amor.
É preciso entendimento, é preciso amor para que todas as injustiças sejam destruídas, produzindo harmonização material e espiritual entre todos os homens.
Portanto, amar, no sentido mais profundo da palavra, é ser leal, honesto, íntegro e fazer aos outros o que quer para si mesmo, como disse Jesus.
Esta é uma livre interpretação. Livro consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, edição 3 em francês.Esta é uma livre interpretação dos textos de Emmanuel, de 1861 e Pascal, de 1862.
O egoísmo é a causa de todas as misérias do mundo; é a negação da caridade; é o maior obstáculo ao progresso moral da Humanidade e à felicidade do homem.
Jesus deu o exemplo da caridade e Pôncio Pilatos o do egoísmo. Enquanto Jesus vai percorrer as estações sagradas de seu martírio, Pilatos lava as mãos, dizendo: “Este homem é justo, por que vocês querem crucificá-lo?”. E mesmo sabendo que Jesus é justo, Pilatos permite que O levem à crucificação.
Se o homem fosse mais sensível aos sofrimentos de seu semelhante, certamente praticaria a caridade, já que a rigidez do coração destrói os bons sentimentos. Cabe a cada um trabalhar e empregar o máximo de esforços para acabar com o egoísmo que está dentro de si.
Jesus, jamais recusava ajudar a quem quer que O procurasse, seja a mulher adúltera ou o criminoso, e nunca temeu por sua reputação.
Comecemos a dar o bom exemplo, sendo caridosos com todos, sem exceção, sem julgar, pois cabe a Deus este julgamento.
Esta é uma livre interpretação. Livro consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, edição 3 em francês.Esta é uma livre interpretação do texto de um Espírito Protetor, de 1861.
A caridade é impossível de ser praticada sem a fé.
A generosidade inspirada pela fé, com coragem, perseverança e a certeza de estar levando a ajuda necessária a quem precisa, sacrificando os próprios interesses, essa é a real caridade.
É durante a vida terrestre, nas sucessivas reencarnações, que o homem adquire o aperfeiçoamento moral, alcançado-o mais facilmente com o auxílio do corpo físico e das coisas materiais.
As dificuldades da vida, a diversidade de gostos, as necessidades, são os meios utilizados para que o homem evolua moralmente, pois a harmonia entre todos só pode ser mantida à custa de sacrifícios e concessões.
Deus criou cada um de Seus filhos para ser feliz, não há dúvida, mas a real felicidade só pode ser encontrada no bem que se pratica em favor do próximo e não nos prazeres materiais.
Para a evolução moral do homem é necessário, ainda, o sacrifício do egoísmo, do orgulho e da vaidade.
O homem só triunfará se a caridade o inspirar e se a fé o sustentar.
Esta é uma livre interpretação. Livro consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, edição 3 em francês.Esta é uma livre interpretação do texto de Izabel, de 1862.
A verdadeira caridade está na bondade empregada em cada ato. Não se deve estabelecer diferenças entre os homens, porque Deus considera todos iguais e quer que cada um aprenda com o outro.
O que faria Jesus por alguém que sofre ou por alguém que cometeu um crime? Certamente, ficaria triste, mas estenderia Sua mão. É assim que cada um deve agir: ajudando.
O homem deve amar os criminosos, como criaturas de Deus, a quem o perdão e a misericórdia serão concedidos à medida que se arrependerem, resgatarem suas dívidas e praticarem o bem.
Aqueles que conhecem as Leis de Deus e negam seu perdão, são mais culpados do que aqueles que, muitas vezes, não conhecem estas leis.
O homem não deve julgar absolutamente ninguém. Há muitas ações que são crimes aos olhos do Deus, mas que o mundo não considera nem mesmo como pequenas falhas.
O homem deve amparar o criminoso com suas orações! Essa é a verdadeira caridade.
Que cada um busque, ajudar o seu próximo, sem qualquer julgamento, mas empregando o amor e a fé.
Esta é uma livre interpretação. Livro consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, edição 3 em francês.Esta é uma livre interpretação do texto de Lamennais, de 1862.
Um criminoso corre risco de perder a vida. Tendo em vista que ele pode ainda cometer outros crimes, deve-se arriscar para salvá-lo?
Esta é uma situação que pode se apresentar a qualquer um.
O devotamento é cego. Portanto, deve-se salvar tanto um criminoso ou um inimigo, como socorre-se a um amigo.
Nos momentos de perigo, o malfeitor pode ver, num instante, todo o seu passado e se arrepender.
Sigamos a voz do coração, que diz: Se pode salvá-lo, salve-o!
Esta é uma livre interpretação. Livro consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, edição 3 em francês.