Espiritismo em 1 minuto

O mandamento “Honrai o vosso pai e a vossa mãe” faz parte da lei da caridade e do amor ao próximo, pois não se pode amar alguém sem antes amar a seu pai e sua mãe. Este mandamento diz ainda sobre o dever de honrá-los, através da piedade filial. Este dever estende-se também àqueles que desempenham o papel de pai e mãe.

Caberia aos pais, em certa idade, servir aos filhos jovens e fortes e que não se privam de nada? Não! 

Honrar pai e mãe não consiste apenas em respeitá-los, mas também em assisti-los em suas necessidades, proporcionando-lhes repouso na velhice, cercando-os de cuidados e atenção. 

Os filhos devem dar-lhes os pequenos supérfluos, as gentilezas e os cuidados amáveis que preenchem seus corações de alegria. Essa é a piedade filial agradável a Deus, que vai além de dar aos pais o estritamente necessário. 

A caridade determina retribuir o mal com o bem; perdoar os erros; amar os inimigos e estas obrigações são ainda maiores em relação aos pais.

É assim que todos os filhos devem tomar como regra de conduta os ensinamentos de Jesus para com os pais.

Eis que Jesus estava sentado, rodeado por uma multidão e disseram-lhe: “Senhor, Sua mãe e Seus irmãos estão lá fora e pediram para chamá-lo.”

Jesus, então respondeu: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” E, olhando para todos que estavam à Sua volta, complementou: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Qualquer que fizer a vontade de Meu Pai, esse é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe.”

Esta passagem está contida nos Evangelhos de Marcos e Mateus.

As palavras, atribuídas a Jesus, parecem estranhas e os incrédulos aproveitam para dizer que Ele se contradizia. Porém, Jesus possuía uma bondade inalterável com todos. Sua doutrina tinha como base essencial, a lei do amor e da caridade. Jesus jamais negaria Sua mãe e ao mandamento “Honrai a seu pai e a sua mãe”. Assim, tudo o que é contrário aos ensinamentos de Jesus ou são palavras mal interpretadas, mal compreendidas ou não são Suas.

Sua mãe tinha como sentimento principal a preocupação materna e sempre teve muito amor por Jesus. 

Jesus, aproveitava todas as oportunidades para ensinar. Nesta passagem, Ele mostra a diferença entre o parentesco corporal e o parentesco espiritual.

Os laços de sangue não estabelecem necessariamente os laços entre os Espíritos, o que os une é a simpatia e a comunhão de pensamentos.

Os pais não criam o Espírito do filho, eles apenas fornecem o envoltório físico. O corpo se origina do corpo, mas o Espírito existia antes da formação do corpo. Cabe aos pais ajudar o filho em seu desenvolvimento moral e intelectual.

Aqueles que encarnam em uma mesma família, geralmente, são Espíritos simpáticos, ligados por reencarnações anteriores. Entretanto, na mesma família, podem nascer Espíritos estranhos uns aos outros por terem antipatias anteriores e que podem lhes servir de prova. Este é um problema moral que pode ser explicado pela pluralidade das existências.

Existem dois tipos de família: a família espiritual e a família corporal. A primeira é duradoura, se fortalece e se perpetua no mundo dos Espíritos. A segunda é frágil e se extingue com o tempo.

Jesus ao saber que sua mãe e seus irmãos estavam a sua procura, disse à multidão que estava junto dele “eis aqui minha mãe e meus irmãos". Nesta passagem Jesus ensina que todos os que estavam ali, ao seu lado, é a Sua família, unida pelos laços espirituais, pois todo aquele que faz a vontade de Deus é Sua mãe, Sua irmã e Seu irmão.

Esta é uma livre interpretação do texto de Agostinho, de 1862. 

Quando o Espírito desencarna leva para a Espiritualidade suas virtudes e vícios, tais como ódios e desejos de vingança. 

Alguns, reconhecem seus erros e entendem que a caridade e o perdão é o caminho que leva a Deus. Então, depois de alguns anos de meditações e orações, pede aos Espíritos encarregados da justiça divina, para que possa reencarnar na família daquele a quem odiava.

O contato com aquele que odiava será uma prova difícil e poderá sucumbir, se sua vontade não for forte o suficiente.

Assim, a causa de ódios, antipatias e repulsões instintivas, sem origem nesta vida e observadas em certas pessoas, só podem ser encontradas no passado.

A alma do filho vem da Espiritualidade para a Terra para progredir. É dever dos pais ou responsáveis ajudá-la a evoluir, colocando todo o seu amor, para aproximá-la de Deus. Esta é uma missão confiada aos pais ou responsáveis da qual cada um receberá a recompensa, se a cumprir com fidelidade.

Esta é uma livre interpretação do texto de Agostinho, de 1862.

Considere que Deus perguntará a cada mãe, a cada pai, a cada responsável:  O que fez com o filho que Te confiei e que está sob os seus cuidados? 

Desde o berço, a criança manifesta bons ou maus instintos, trazidos de existências anteriores.

Todo mal tem origem no orgulho e no egoísmo. Portanto, é necessário observar os sinais que revelam esses vícios e se esforçar para combatê-los no filho.

Se os pais fizerem tudo o que devem para o progresso moral dos filhos e não forem bem-sucedidos, embora experimentem a tristeza, Deus lhes confiará nova oportunidade, em uma nova existência, para completarem a obra juntos e, um dia, o filho ingrato os recompense com o seu amor.

Deus permite que espíritos menos evoluídos encarnem junto a uma família de espíritos que são simpáticos e semelhantes moralmente, para que esses espíritos menos evoluídos possam extrair bons conselhos e bons exemplos. E quando estiverem na Espiritualidade esta família ficará feliz por ter ajudado aquele Espírito que, por sua vez, ajudará a outros.