Espiritismo em 1 minuto

Quando Jesus disse que havia muitas moradas na casa de Deus, Ele se referia aos mundos que circulam no espaço infinito e que oferecem à cada Espírito a estadia adequada à sua evolução.

Contudo, as palavras de Jesus também podem ser interpretadas como o estado dos Espíritos, ou seja, mais ou menos purificado.

Os Espíritos mais elevados podem percorrer o espaço e outros mundos, enquanto os menos elevados andam por lugares sombrios.

Esses Espíritos menos elevados sofrem moralmente, aprisionados pelo remorso, já os mais elevados desfrutam da real felicidade junto àqueles que amam. 

Estas são as moradas da alma, mas sem um lugar geograficamente definido.

As condições de cada mundo são diferentes, devido ao grau de evolução de seus habitantes.

Há mundos no mesmo grau de evolução da Terra, bem como, outros inferiores no ponto de vista moral e físico, e ainda, outros muito superiores à Terra em todos os sentidos.

Nos mundos inferiores, a vida é inteiramente material e o adiantamento moral é quase nulo. 

Nos mundos superiores a vida é quase toda espiritual.

Nos mundos intermediários, o bem e o mal estão mesclados.

De modo geral, os mundos podem ser divididos com base em suas características principais, como:

Mundos primitivos, mundos de expiação e prova (que é o caso da Terra), mundos de regeneração, mundos felizes e mundos celestes ou divinos.

Os Espíritos, quando encarnados em um destes mundos, não permanecem a ele ligados para sempre. 

Cada mundo é um estágio e fornece elementos de progresso necessários para a evolução do Espírito que ali encarna.

Aquele que se dedica ao mal, prolonga sua estadia em mundo inferior, onde se vê obrigado a ficar enquanto persistir no mal. Mas aquele que atinge um grau de adiantamento moral mais avançado, pode passar para outro mundo mais evoluído. E assim, acontece sucessivamente até atingir o estado de Espírito puro.

A espécie humana é a soma de todos os seres inteligentes que povoam os incontáveis mundos do Universo. 

A Humanidade toda não está sobre a Terra, mas apenas uma pequenina parte dela. 

A situação moral e material da Humanidade terrestre não causa espanto. 

Mesmo com tanta maldade, misérias e enfermidades de todo tipo, é necessário considerar o destino e a finalidade da Terra, como um estágio da evolução dos que aqui habitam. 

Imagine a Terra como um hospital, um local onde as aflições são maiores do que as alegrias e que somente saem deste hospital aqueles que estão curados.

Assim, quando cada homem estiver curado de suas enfermidades morais, poderá deixar a Terra e ir para outros mundos, mundos mais felizes.

Nos mundos inferiores os seres possuem forma humana. São dominados por instintos, sem delicadeza ou bondade; possuem mínimas noções de justiça e injustiça. A força bruta é a sua lei. Não existem indústrias e nem invenções e seus habitantes passam a vida buscando alimentos. 

Nestes seres há, mais ou menos desenvolvida, a intuição de um Ser Supremo, sendo suficiente para torná-los superiores uns aos outros e prepará-los para os próximos estágios da vida.

Nos mundos superiores os seres possuem forma humana aperfeiçoada e purificada. O corpo não tem a materialidade da Terra e não está sujeito às mesmas necessidades e doenças; os sentidos e as percepções são mais apurados. A leveza dos corpos torna a locomoção rápida e fácil, pois deslizam ou planam na atmosfera por ação da sua vontade.

Podem conservar a aparência de estágios anteriores, iluminada por uma luz divina, consequência da elevação moral e intelectual.

Seus corpos se desenvolvem mais rápido; a infância é curta; o tempo de vida é mais longo que na Terra e proporcional ao grau de evolução do mundo.

A alma não está presa ao corpo; tem ampla lucidez; liberdade quase permanente e livre transmissão do pensamento.

Nos mundos superiores o mal não existe. As relações entre os povos são amigáveis, sem escravos, sem guerras ou privilégios. 

A autoridade é estabelecida pela superioridade moral e intelectual. Esta autoridade é aceita com respeito por ser uma conquista individual e é exercida com justiça.

Todos buscam se aperfeiçoar. Estudam e trabalham com o vigor necessário.

Os bens que possuem são adquiridos por meio de sua inteligência. Não falta o necessário a ninguém. 

Nestes mundos, os bons sentimentos se encontram ampliados e purificados. Não existe ódio, ciúme, cobiça, inveja, orgulho, vaidade, egoísmo...

O sentimento de amor e fraternidade une a todos e um ajuda o outro.

Na Terra, entretanto, é necessário o mau para sentir o que é bom, da escuridão para admirar a luz, da doença para valorizar a saúde. Nos mundos superiores estes contrastes não são necessários.

Nos mundos inferiores, o homem passa por dores e misérias e não compreende o que é celestial. À medida que se eleva e se depura, ele compreende o bem que está à sua frente.

Cabe a cada um, conquistar a evolução moral e intelectual, através do estudo e do trabalho, ou permanecer no mal.

Esta é uma livre interpretação do texto de Agostinho, de 1862.

Os mundos de expiação e prova, assim como a Terra, servem de exílio aos Espíritos rebeldes à Lei de Deus.

A inteligência e as qualidades de seus habitantes provam que viveram antes e fizeram algum progresso, mas seus numerosos vícios indicam uma grande imperfeição moral. Por isso, que Deus os colocou em um mundo para expiarem as suas faltas, através de muito trabalho e sofrimento, até merecerem ir para um mundo mais evoluído.

Nem todos os Espíritos reencarnados na Terra estão em expiação, isto é, sofrendo as consequências de faltas cometidas. Alguns estão aqui para progredirem pelo contato com Espíritos mais evoluídos. Outros, vieram de outros mundos, pois foram de lá banidos por permanecerem no mal e por perturbarem os bons. 

Para os Espíritos em expiação as misérias da vida são mais amargas. Por terem que lutar contra a perversidade e a irregularidade da natureza, desenvolvem ao mesmo tempo, as qualidades do coração e da inteligência.

É assim que Deus, em sua bondade, faz com que o exílio resulte na evolução do Espírito.

Esta é uma livre interpretação do texto de Agostinho, de 1862.

Os mundos regeneradores são moradas intermediárias entre os mundos de expiação e prova e os mundos felizes. Neles não há felicidade perfeita, mas o início da felicidade.

Nesses mundos, o homem ainda possui um corpo e está sujeito às suas dificuldades; tem sensações e desejos, porém, não é escravo disso; não há mais orgulho, inveja, ódio, mas amor, igualdade e respeito. 

Comparados com a Terra, os mundos regeneradores são mais felizes, eles são a calmaria após a tempestade expiatória, a recuperação após uma doença cruel. 

O homem consegue ver melhor o futuro; não precisa mais pagar pelos seus erros, mas passa por provações; ele acredita em Deus e se esforça para seguir Suas Leis. 

Nestes mundos, o homem ainda não perdeu completamente a sua inclinação para o mal. 

Se não evoluir, se não seguir firme no caminho do Bem, ele pode voltar aos mundos de expiação para novas e dolorosas provas.

Esta é uma livre interpretação do texto de Agostinho, de 1862.

Todas as criaturas, animadas e inanimadas, estão sujeitas à lei do progresso, pela bondade de Deus, que deseja que tudo cresça e prospere. A própria destruição, que parece aos homens o fim das coisas, é apenas um meio de transformação, levando as criaturas a um estágio mais aperfeiçoado.

Os seres vivos progridem moralmente e, ao mesmo tempo, os mundos que habitam progridem materialmente. 

À medida que os mundos progridem eles oferecem uma morada mais agradável aos seus habitantes.

Paralelamente ao progresso do homem, progridem os animais, os vegetais e suas habitações.

Na natureza nada permanece estacionado.

A Terra e o homem são pequeninos, se comparados a grandeza de Deus.

A Terra, segundo a Lei do Progresso, já esteve em um estágio moral e material inferior ao que está hoje. Porém, é chegado o momento de sua transformação para atingir um grau de evolução mais avançado, deixando de ser um mundo de expiação para se tornar um mundo regenerador, em que os homens serão felizes, porque a lei de Deus reinará.