Jonas e a baleia
Jonas foi um profeta enviado por Deus à cidade de Nínive para advertir o povo sobre suas más ações. A missão era pregar a necessidade de arrependimento, pois a cidade seria destruída se continuasse no erro.
Jonas tentou fugir da ordem divina. Em vez de ir a Nínive, embarcou em direção oposta, rumo a Társis. Durante a viagem, uma tempestade ameaçou o navio. Os marinheiros, temendo pela própria vida, realizaram um sorteio para descobrir quem era o responsável pelo infortúnio. O resultado recaiu sobre Jonas. Reconhecendo que estava desobedecendo a Deus, pediu que o lançassem ao mar. Assim que foi lançado, a tempestade cessou.
Jonas foi engolido por um grande peixe, onde permaneceu três dias e três noites. Nesse período, orou, reconhecendo seu erro e pedindo auxílio. Ao final, o peixe o lançou em terra firme.
Recebendo novamente a ordem divina, Jonas foi a Nínive e anunciou a mensagem. O povo, inclusive o rei, demonstrou arrependimento sincero e mudou de conduta. Diante disso, Deus poupou a cidade.
Jonas, sentiu-se contrariado: havia anunciado a ruína da cidade, e agora via-se “desmentido” pela compaixão divina, então inconformado retirou-se e abrigou-se sob uma planta que lhe deu sombra. Porém, no dia seguinte, a planta secou, e Jonas entristeceu-se profundamente. Deus então o instruiu, mostrando-lhe que, se ele se compadecia de uma simples planta, deveria compreender a compaixão do Criador diante de milhares de vidas humanas e animais de Nínive.
O chamado de Jonas representa o momento em que o Espírito é convidado a cumprir uma tarefa moral e regeneradora, e neste caso, também necessária ao progresso coletivo. Fugir dessa tarefa, como Jonas tentou fazer, simboliza a recusa em assumir responsabilidades morais, seja por medo, orgulho ou incompreensão de seu papel no bem coletivo. O desvio não anula o dever, apenas adia o aprendizado, tornando as provas mais intensas até que o Espírito, consciente, aceite o caminho do dever. As leis divinas conduzem cada Espírito, por meio das experiências, à compreensão do próprio compromisso.
2. Livre-Arbítrio
O livre-arbítrio é o princípio que permite escolher o caminho a seguir. Jonas exerceu essa liberdade ao fugir e, depois, ao aceitar a missão. Cada escolha produziu efeitos: a fuga resultou em desequilíbrio e sofrimento; a obediência, em restauração e paz. A História mostra que a liberdade está sempre acompanhada da responsabilidade pelos próprios atos.
A tempestade simboliza o desequilíbrio causado pela resistência à consciência. O “grande peixe” representa o recolhimento imposto pelas circunstâncias, que leva o Espírito à reflexão. Os “três dias” expressam um ciclo de arrependimento e renovação interior. O isolamento não é punição, mas oportunidade de retomada do equilíbrio moral.
4. Arrependimento e Lei de Causa e Efeito
A prece de Jonas, no interior do peixe, expressa o reconhecimento da própria responsabilidade. O sofrimento cumpre função educativa, levando o Espírito à correção do erro. Pela Lei de Causa e Efeito, cada ato gera consequências que orientam o ser à reparação e ao progresso.
5. Reencarnação
A reencarnação permite ao Espírito retomar tarefas não cumpridas e reparar erros de experiências anteriores. A missão de Jonas pode ser entendida como uma oportunidade de reconciliação com a própria consciência e com as leis divinas. Cada existência oferece novas condições para o cumprimento dos deveres e para a evolução moral.
6. Nínive: Regeneração Coletiva
A transformação do povo de Nínive mostra a capacidade de renovação moral presente em todos. Quando há arrependimento sincero, a Lei Divina atua com misericórdia, favorecendo novas oportunidades de crescimento. A preservação da cidade reflete a aplicação da justiça regida pelo amor.
7. A Planta: Compaixão e Desapego
A planta que nasce e morre ensina a lição sobre o desapego e sobre a compaixão universal. Jonas lamenta a perda de algo transitório, enquanto Deus o convida a compreender o valor das vidas humanas. A verdadeira justiça divina se manifesta pela compreensão e pela misericórdia, e não pela punição.
A história de Jonas representa o percurso do Espírito diante das leis divinas:
A fuga: resistência à consciência; o Espírito rebelde, que ainda teme o dever.
A tempestade: consequências do desequilíbrio moral; conflito interior causado pela resistência à lei divina.
O grande peixe: fase de recolhimento e aprendizado que leva ao arrependimento.
Nínive: renovação pela mudança de conduta e vitória do bem coletivo sobre o orgulho e o mal.
A planta: lição de desapego, compaixão e compreensão da misericórdia divina.
A reencarnação: retomada das oportunidades de reparação e progresso.
O livre-arbítrio: escolha entre adiar ou cumprir o dever.
Equipe Jesus em Nossa Vida
Bibliografia: KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 1 ed. França.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 3 ed. França.
Bíblia Sagrada. Jonas 1-7. Nova Versão Internacional (NVI).
BÍBLIA VIDA FÉ. Quando Jonas tentou fugir de Deus. YouTube canal @bibliavidafe-shorts, 19 set. 2025. Disponível em: www.youtube.com/shorts/iT43CqKQuXY?feature=share Acesso em: 1 nov. 2025.